O ministro da Educação disse que a concentração desta quarta-feira de professores frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, surge num importante “momento de diálogo” entre a tutela e os sindicatos, “para que a condição de docente possa ser valorizada”.
“A concentração que existe hoje em frente ao Ministério de Educação aparece num momento importante, num momento de diálogo em que o Ministério da Educação se tem prontificado a dialogar com as estruturas sindicais, para que a condição docente possa ser valorizada como merece”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
O governante, que falava no final da inauguração da Escola Básica do Estádio do Mar em Matosinhos, reagiu assim quando questionado sobre a concentração de professores e educadores, em frente ao Ministério, em Lisboa, para exigir a evolução na carreira até final do ano.
“Temos neste momento em curso um processo de negociação relativamente ao diploma dos concursos e da mobilidade e estamos também a trabalhar ativamente com os sindicatos, a Fenprof [Federação Nacional dos Professores] e a FNE [Federação Nacional da Educação] para que, efetivamente, possamos dialogar e, ainda que não iniciemos o diálogo do mesmo ponto, possamos chegar a um ponto que possa ser o mais coincidente possível”, assinalou.
Questionado sobre a progressão de carreiras dos professores, Brandão Rodrigues reiterou o atual “processo de diálogo importante” que deve continuar “e com todas as pontes abertas e com vasos comunicantes para que efetivamente a condição de docente possa ser valorizada”.
O ministro referiu ainda que, na próxima sexta-feira, irá reunir-se com a Fenprof e a FNE, não só para poder “aferir as reivindicações das estruturas sindicais”, mas também para “lhes poder apresentar todo o trabalho que o ministério tem feito, para que a condição de docente se possa alicerçar e para que essa centralidade seja cada vez mais um ponto central da valorização da escola”.
Dezenas de professores concentraram-se esta quarta-feira, em frente do Ministério da Educação, em Lisboa, a exigir a evolução na carreira até final do ano.
O protesto tem a ver com a "falta de vontade do ministério em resolver ilegalidades", de acordo com dirigentes da Fenprof, presentes na manifestação.
A concentração foi convocada pela Fenprof, de acordo com a qual a falta de portarias com as vagas de acesso a escalões superiores está a lesar “gravemente” os professores.
Diz a Federação que professores que deviam ter transitado aos 5.º e 7.º escalões de carreira em 2010 ainda não o fizeram, pela falta da tal portaria e pela proibição posterior de valorizações salariais. E professores - diz também - que ingressaram na carreira nos concursos externos de 2013 e posteriores continuam igualmente sem progressão.