Ministro da Saúde garante que Governo não vai privatizar a ADSE - TVI

Ministro da Saúde garante que Governo não vai privatizar a ADSE

Adalberto Campos Fernandes

Em declarações à margem de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Adalberto Campos Fernandes lembrou que a comissão de reforma da ADSE conclui os seus trabalhos na quinta-feira

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu esta segunda-feira, em Coimbra, que o Governo não vai privatizar a ADSE "em nenhuma circunstância".

"Há uma coisa que lhe posso garantir, em nenhuma circunstância o atual Governo promoverá a privatização da ADSE", disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, questionado sobre a eventual mutualização do modelo de assistência na doença aos servidores do Estado.

Em declarações à margem de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, o ministro da Saúde lembrou ainda que a comissão de reforma da ADSE conclui os seus trabalhos na quinta-feira.

Em declarações anteriores no Parlamento, a 23 de junho, o ministro admitiu que a ADSE venha a ter autonomia e que até à sua eventual mutualização tenha uma fase transitória com duas tutelas.

"O Governo prevê dar autonomia à ADSE e tem de o fazer com segurança", afirmou na altura o ministro Adalberto Campos Fernandes, questionado pela oposição sobre notícias que dão conta de que o plano de atividades do subsistema dos funcionários públicos pode voltar a ser financiado pelo Estado.

Para o ministro da Saúde, até à eventual mutualização, a ADSE poderá ter uma fase transitória em que o subsistema passe a ter duas tutelas (Finanças e Saúde).

Governo quer melhorar parcerias entre empresas tecnológicas e SNS

Ainda em Coimbra, Adalberto Campos Fernandes afirmou que "tem que haver" uma melhor parceria entre empresas de base tecnológica e o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O membro do executivo socialista recordou que tem feito "um esforço muito grande", juntamente com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, para que "haja um grande entrosamento entre assistência, ensino e investigação".

A relação entre "universidades, laboratórios associados, a iniciativa da investigação dos diversos grupos que existem no país e as ‘startups' são fundamentais para que a própria assistência seja qualificada", sublinhou Adalberto Campos Fernandes, que falava aos jornalistas à margem de uma visita a empresas tecnológicas da área da saúde em Coimbra.

Para o ministro da Saúde, é importante "integrar, cooperar e desenvolver, usando-se os meios que o país dispõe", que são "bastante positivos", quer ao nível da assistência, quer ao nível do conhecimento e da ciência.

Como exemplo dessa parceria, Adalberto Campos Fernandes apontou para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com uma "afiliação funcional" com empresas da área da saúde, referindo que se passa o mesmo em outros pontos do país.

Segundo o ministro, é preciso "pôr os portugueses a trabalhar em conjunto e a pensar no país em conjunto", em vez de se criarem "barreiras administrativas e burocráticas que não são úteis".

Adalberto Campos Fernandes visitou hoje em Coimbra várias empresas de base tecnológica que operam no setor da saúde, presentes na incubadora Instituto Pedro Nunes (IPN).

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