Ministro assume que comunicou "muito mal" mudança do Infarmed - TVI

Ministro assume que comunicou "muito mal" mudança do Infarmed

  • VC
  • 29 nov 2017, 14:53
Adalberto Campos Fernandes

Adalberto Campos Fernandes diz que assume "as responsabilidades" e continua a dizer que a decisão política de transferir a sede para o Porto já estava tomada há mais tempo

O ministro da Saúde admitiu hoje que a decisão de transferir a sede do Infarmed para o Porto foi “muito mal comunicada” e assumiu as responsabilidades por essa má comunicação.

Foi muito mal comunicada e o responsável por essa má comunicação tem um nome: sou eu. E é por isso que assumo as minhas responsabilidades e terei agora de explicar detalhadamente, de trabalhar detalhadamente com todos, para que essa comunicação seja recomposta".

Adalberto Campos Fernandes reconheceu-o no final de uma comissão parlamentar de Saúde, questionado pela agência Lusa sobre a questão da transferência da sede da Autoridade Nacional do Medicamento.

O anúncio da saída do Infarmed de Lisboa para o Porto foi feito na semana passada pelo próprio ministro, durante uma conferência em Lisboa, e apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição.

Hoje, Adalberto Campos Fernandes assumiu também ter sido, ele próprio, “o primeiro a dizer ao primeiro-ministro” que esta questão tinha sido mal comunicada.

Mas em política, a humildade e a capacidade de reconhecimento do erro não deve servir para nos desviar de um caminho”.

O ministro continua a dizer que a decisão política de transferir a sede do Infarmed já estava tomada há mais tempo e recusou comentar a entrevista da presidente do organismo, que disse nunca ter percebido que se tratava de uma decisão, mas antes de uma intenção.

Maria do Céu Machado disse que ficou "incrédula" com telefonema do ministro da Saúde e avisa que Portugal vai perder milhões de euros se a mudança se concretizar.

Os deputados votaram hoje, por unanimidade, uma audição do ministro sobre os fundamentos da transferência do Infarmed para o Porto.

O PSD pediu ao Governo que envie à comissão parlamentar “todos os documentos oficiais que tenham eventualmente sustentado a referida decisão e, designadamente, que evidenciem que a mesma foi tomada em data anterior à candidatura do Porto ao acolhimento da sede da Agência Europeia de Medicamentos (EMA)”.

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