Libertada a jovem portuguesa raptada em Maputo - TVI

Libertada a jovem portuguesa raptada em Maputo

Moçambique (Reuters)

Luso-moçambicana de 19 anos foi libertada na madrugada desta terça-feira

A luso-moçambicana de 19 anos raptada na sexta-feira em Maputo foi libertada na madrugada desta terça-feira, adiantou à Lusa fonte do Consulado Geral de Portugal na capital do país.

A vítima, de nacionalidade portuguesa e moçambicana, encontra-se bem de saúde, acrescentou a mesma fonte, sem avançar mais detalhes sobre o caso.

O crime ocorreu na manhã de sexta-feira, no centro de Maputo, após a simulação de um acidente e envolveu troca de tiros entre a segurança privada da vítima, filha de um comerciante na capital moçambicana, e os raptores, segundo descreveu a televisão privada STV.

Contactada várias vezes pela Lusa, a Polícia da República de Moçambique (PRM) disse em todas as ocasiões não ter informações sobre o caso.

Na mesma manhã em que a vítima foi levada, o Presidente da República, Filipe Nyusi, discursava durante uma cerimónia de graduação de oficiais da polícia, exigindo uma resposta adequada e oportuna ao crime organizado, apontando os raptos, os assaltos à mão armada e o tráfico de drogas e de pessoas como desafios às autoridades.

Este foi o terceiro rapto envolvendo cidadãos portugueses em Maputo desde o início do ano.

Na primeira semana de fevereiro, um homem foi levado numa das artérias mais movimentadas da capital e, dois dias mais tarde, uma mulher foi raptada na avenida onde se situa a Presidência da República.

Os raptos destes dois cidadãos portugueses juntaram-se ao de um empresário moçambicano, que na mesma semana foi também levado por desconhecidos armados.

O novo Governo moçambicano, empossado em janeiro, declarou o combate à criminalidade organizada como uma das suas prioridades e vários quadros de chefia de forças policiais foram substituídos este mês, incluindo o diretor da Polícia de Investigação Criminal.

As autoridades policiais enfrentam uma pressão crescente da opinião pública, agravada no início de março pelo assassínio a tiro do constitucionalista Gilles Cistac, no centro da capital, num crime que assumiu contornos políticos e que continua por desvendar.
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