Profissionais da GNR alertam para falta de material de proteção

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) alertou esta sexta-feira para a falta de material de proteção adequada para o exercício da profissão, considerando que a situação poderá ser «mais preocupante» em 2013 devido ao «desinvestimento».

«A APG/GNR alerta para a falta de material de proteção adequado e que, em caso de perigo de vida pode fazer a diferença, situação que assume contornos ainda mais preocupantes considerando o desinvestimento que se adivinha para 2013 e consequentemente maior degradação do material existente», refere a associação, em comunicado.

O alerta da APG surge depois de dois militares da GNR terem sido atingidos a tiro quando respondiam a uma ocorrência numa fábrica de transformação de madeira, no Lugar da Serra, em Mondim de Basto, na quinta-feira.

A associação considera que os militares feridos em serviço são «bem o exemplo» do aumento da violência contra agentes de autoridade e mostram «o perigo inerente a esta profissão».

A APG adianta que o Governo não reconhece o perigo a que os militares da GNR estão sujeitos, sublinhando que são tratados como «meros funcionários públicos» e é feita «tábua rasa à especificidade das funções que exercem e do risco que lhes está subjacente».

Associação dos Profissionais da Guarda salienta que os militares da GNR não recebem um suplemento de risco e não tem um horário de trabalho, além de não serem criadas políticas de segurança e saúde no trabalho, tendo em conta o desgaste e risco inerentes às funções de segurança pública que cumprem.

A APG/GNR reclama ainda o esclarecimento de todos os factos que ocorreram em Mondim de Bastos e que se apure as devidas responsabilidades.