Cinco detidos nas buscas a duas casas de câmbio - TVI

Cinco detidos nas buscas a duas casas de câmbio

Uma mão cheia de crimes em causa: branqueamento de capitais, corrupção ativa e passiva, fraude fiscal, associação criminosa e atividade ilícita de receção de depósitos e outros fundos reembolsáveis

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Cinco pessoas foram detidas, na sequência das buscas realizadas esta quarta-feira, pela Polícia Judiciária, em duas casas de câmbio - as sociedades Money One–Sociedade de Pagamentos e Câmbios e Transfex–Instituição de Pagamentos. A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa dá conta disso mesmo na sua página da Internet, sem referir nomes, mas fonte da PGDL confirmou à Lusa que as detenções estão relacionadas com essas empresas.

«Estão em causa suspeitas da prática, entre outros, dos crimes de branqueamento de capitais, corrupção ativa e passiva, fraude fiscal, associação criminosa e atividade ilícita de receção de depósitos e outros fundos reembolsáveis», adianta a PGDL na sua página da Internet.

«Foram realizadas dezenas de buscas, em vários pontos do país, incluindo duas instituições de Pagamentos e de Transferências de fundos, empresas e domicílios», acrescenta. 

A mesma nota explica que as buscas foram determinadas «em consequência da recolha de fortes indícios da existência de uma associação criminosa que através dos seus membros utilizava estas instituições para o branqueamento de avultadas quantias provenientes de atividades criminosas altamente organizadas, de forma a esconder a sua origem e a integrar tais quantias no sistema financeiro legal».

«O grupo utilizava sociedades de fachada e contas em nome de terceiros de boa-fé como forma de dissimular a sua atividade criminosa que tinha âmbito transnacional e era suscetível de colocar em risco a estabilidade do próprio sistema financeiro e os interesses dos particulares»
 

Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), pela Unidade de Perícias Financeiras e Contabilísticas da PJ, Unidade informática da PJ, tem a cooperação da Autoridade Tributária e de outras instituições.

Os detidos serão presentes pelo MP para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação no TCIC dentro do prazo de 48 horas. O inquérito encontra-se em segredo de justiça. 
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