Jovem atira gatos do alto do castelo - TVI

Jovem atira gatos do alto do castelo

E filma para mostrar aos amigos. GNR e MP estão a investigar

Um vídeo que circula nos telemóveis está a chocar os amigos dos animais em Portugal. As imagens, a que o PortugalDiário teve acesso, mostram um jovem, que segundo as autoridades tem 18 anos, a atirar um gato do castelo de Montemor-o-Velho, enquanto sorri para a câmara.

Segundo a associação Animal, o vídeo anda a circular pelos telemóveis de muitos estudantes do ensino secundário da zona de Coimbra e também na internet. Um professor teve acesso às imagens e denunciou a situação a um veterinário, que contactou a Animal.

Segundo o presidente da associação, Miguel Moutinho, além deste vídeo, existem mais «dois semelhantes». Miguel Moutinho conta que um dos gatos que foi atirado do alto do Castelo «terá morrido instantaneamente, depois de cair sobre um carro que circulava, que terá ficado danificado». Noutros dois episódios, «os gatos não terão morrido instantaneamente», mas, devido aos ferimentos, «terão acabado por morrer de forma extremamente dolorosa».

«A GNR já identificou o jovem e comunicou os factos ao Ministério Público», disse ao PortugalDiário o Sargento Gaspar, da GNR de Montemor-o-Velho. O responsável afirma que agora é necessário «avaliar a dimensão da situação», mas considera que se terá tratado «de casos isolados, motivados pelo exibicionismo», devido à preocupação em filmar a acção.

O presidente da Animal afirma que «os gatos deverão ser roubados nas aldeias próximas», mas a GNR disse que, para já «não tem conhecimento de roubos de animais na região».

O jovem pode ser condenado ao pagamento de uma coima que varia entre 500 3740 euros e, a confirmar-se que estes gatos tenham sido retirados a alguém, este caso ficará agravado pelas práticas do crime de furto e de dano.

Para o presidente da Animal, «aquilo que este jovem faz não pode ser compreendido ou aceite sob perspectiva alguma. É um acto puramente mau, cruel». «Se Portugal fosse um país civilizado, o seu quadro penal contemplaria pena de prisão para quem cometesse actos desta natureza», afirmou.
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