Lusodescendente morre durante protesto na Venezuela - TVI

Lusodescendente morre durante protesto na Venezuela

  • EC
  • 18 mai 2017, 20:55
Venezuela: manifestações provocam um morto e centenas de feridos

Biólogo Diego Fernando Arellano Figueiredo, de 31 anos, foi atingido no peito por uma bala de borracha que terá sido disparado pelas forças de segurança, durante uma manifestação na terça-feira à tarde

Um lusodescendente faleceu na Venezuela, durante um protesto contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, em San António de los Altos, 30 quilómetros a sul de Caracas, confirmaram hoje à agência Lusa fontes da comunidade portuguesa local.

Segundo as mesmas fontes, o luso-descendente, o biólogo Diego Fernando Arellano Figueiredo, de 31 anos, foi atingido no peito por uma bala de borracha que terá sido disparado pelas forças de segurança, terça-feira à tarde, quando participava numa manifestação.

A vítima foi levada para uma unidade de saúde, onde viria a morrer durante uma intervenção cirúrgica.

O funeral da vítima está previsto para sexta-feira, prevendo-se a presença de familiares da vítima, que residem no estrangeiro.

As investigações do assassínio estão a ser coordenadas pelo Ministério Público.

Segundo a imprensa local, na terça-feira, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas com balas de borracha disparadas por efetivos da força de segurança, quando a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), reprimiu uma manifestação de protesto, em San António de Los Altos, que durou pelo menos cinco horas.

Os confrontos com a GNB ocorreram quando os manifestantes levantaram barricadas para impedir a circulação para a capital, Caracas.

Depois da intervenção, quando a GNB se retirou, a população voltou à rua e realizou uma vigília em homenagem aos feridos.

As manifestações na Venezuela, a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde o passado dia 01 de abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, a oposição manifesta-se na rua também contra a convocatória de uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio por Nicolás Maduro.

Dados oficiais dão conta de que pelo menos 44 pessoas já morreram desde o início da crise.

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