Morreu Alípio de Freitas - TVI

Morreu Alípio de Freitas

  • AM/ Atualizada às 14:12
  • 13 jun 2017, 10:45

Jornalista morreu esta terça-feira, em Lisboa, aos 88 anos. Ministro da Cultura manifestou pesar e lembrou "o legado da luta pela Liberdade"

O jornalista Alípio de Freitas, que se destacou na luta pela liberdade e apoio aos movimentos camponeses no Brasil, morreu esta terça-feira, em Lisboa, aos 88 anos, disse à agência Lusa fonte próxima da família.

Alípio de Freitas ia ser homenageado no dia 17 de junho, num espetáculo com a participação de diversos artistas, entre os quais a filha Luanda Cozetti, a que se associou o Sindicato dos Jornalistas.

O sindicato pretendia, assim, manifestar admiração “pelo percurso de lutador do seu associado”, conforme pode ler-se no ‘site’ da estrutura sindical.

Alípio de Freitas, que nasceu em Bragança, foi jornalista da RTP, professor universitário, padre em Portugal e revolucionário no Brasil.

No Brasil, criou estruturas de apoio à população mais carenciada, deu aulas na universidade, participou em ocupação de terras, foi preso e torturado.

Esteve exilado no México, viveu em Cuba e regressou ao Brasil, onde foi dirigente do Partido Revolucionário dos Trabalhadores. Depois de uma detenção de quase 10 anos naquele país (1970-1979) escreveu o livro “Resistir é Preciso”.

Viajou para Moçambique, onde também apoiou os camponeses, e entrou na RTP nos anos 80, tendo permanecido na empresa até 1994.

Alípio de Freitas foi cofundador da Casa do Brasil em Lisboa e da Associação José Afonso e era pai da cantora de Jazz, Luanda Cozetti.

"A coragem da Resistência" 

O ministro da Cultura já manifestou pesar pela morte do jornalista e professor universitário, Alípio de Freitas, realçando o seu legado da luta pela liberdade.

Em comunicado, Luís Filipe Castro Mendes lembrou "o legado da luta pela Liberdade, a coragem da Resistência e o apoio a todos os movimentos pela emancipação e pela igualdade" da parte de Alípio de Freitas.

Alípio de Freitas fez da sua vida inquieta um hino permanente de Resistência e de Revolução, em sintonia com o seu livro 'Resistir é Preciso'", salienta o ministro da Cultura, que transmitiu "sentidas condolências" à família do jornalista.

O corpo de Alípio de Freitas estará em câmara ardente a partir das 17:00 na Basílica da Estrela, em Lisboa.

O funeral irá realizar-se na quarta-feira, às 12:00, no Alvito, no Alentejo.

 

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