Morrem mais portugueses do que nascem - TVI

Morrem mais portugueses do que nascem

  • CP, com Lusa
  • 31 out 2017, 12:23
População

Declínio populacional mantém-se desde 2010, embora se tenha atenuado nos três últimos anos e a emigração também tenha diminuído

A população residente em Portugal voltou a cair em 2016, ano em que o número de mortes superou o dos nascimentos, mas a emigração diminuiu, segundo as Estatísticas Demográficas do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2016, a população residente em Portugal foi estimada em 10.309.573 pessoas, menos 31.757 do que em 2015, o que representa uma taxa de crescimento efetivo de -0,31% (-0,32% em 2015).

“A situação demográfica em Portugal continua a caracterizar-se pelo decréscimo da população residente, apesar do aumento da natalidade e do decréscimo da emigração”, refere a publicação “Estatísticas Demográficas 2016”.

Segundo o INE, o declínio populacional mantém-se desde 2010, embora se tenha atenuado nos três últimos anos.

Para isso, contribuiu o “ligeiro aumento” de 1,9% do número de nascimentos em 2016 (87.126) face a 2015 (85.500).

Contudo, “esse aumento foi insuficiente para compensar o número de óbitos”, que aumentou 1,8% em 2016, situando-se em 110.535, mais 23.409 do que no ano anterior.

A maioria (70,5%) das mortes ocorreu em pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos, referem as estatísticas, segundo as quais a taxa bruta de mortalidade foi de 10,7% (10,5% em 2015).

Em 2016, a taxa de mortalidade infantil foi de 3,2 óbitos por mil nados vivos, ligeiramente superior ao valor registado em 2015 (2,9).

O INE estima que, durante o ano de 2016, tenham entrado em Portugal 29.925 pessoas, valor próximo ao registado em 2015 (29.896), e tenham saído 38.273 para residir no estrangeiro, menos 5,2% do que em 2015 (40.377).

“O efeito conjugado destes fluxos resultou na manutenção do saldo migratório negativo (- 8.348), ainda que atenuado face a 2015”, sublinha a publicação que analisa as várias temáticas do comportamento demográfico da população, como o crescimento natural e migratório, natalidade e fecundidade, mortalidade e esperança de vida, casamentos, divórcios.

De acordo com o INE, o saldo migratório apresentou em 2016, e pelo sexto ano consecutivo, um valor negativo, ainda que mais atenuado.

Os dados revelam também que o índice sintético de fecundidade foi de 1,36 filhos por mulher, verificando-se, pelo terceiro ano consecutivo, uma ligeira recuperação.

Contudo, manteve-se a tendência de adiamento da idade à maternidade. A idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho subiu de 30,2 para 30,3 anos e a idade média da mãe ao nascimento de um filho (independentemente da ordem de nascimento) de 31,7 para 31,9 anos.

A esperança de vida à nascença foi estimada em 80,62 anos, para o triénio 2014-2016, e continua a ser superior para as mulheres face aos homens (83,33 anos e 77,61, respetivamente).

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