Um incêndio em Santo Tirso atingiu dois abrigos e acabou por matar dezenas de animais. A informação está a ser avançada pelo PAN na sua página do Facebook. O partido tem elementos no local e apela às autoridades por autorização para entrarem nas instalações e conseguirem retirar animais que ainda estejam vivos e feridos.
As imagens do incidente divulgadas pelo PAN nas redes sociais, mostram o forte impacto das chamas e podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis. O incêndio atingiu as instalações durante a noite.
Noutra publicação, mais recente, o PAN queixa-se que as autoridades no local alegam que se trata de “propriedade privada” e, por isso, não estão a facilitar o acesso aos animais feridos.
O partido Pessoas-Animais-Natureza defendeu que a Lei de Proteção dos Animais é clara quanto ao socorro de animais doentes, feridos ou em perigo.
“A violação deste dever de cuidado e socorro pode, inclusivamente, fazer incorrer no crime contra animais de companhia, se da omissão de auxílio resultar sofrimento injustificável ou até a morte dos animais, como está a ser o caso”, refere.
GNR garante que os animais que podiam ser salvos, foram salvos
Ao início da tarde, a GNR respondeu às acusações do PAN, atarvés de um comunicado enviado aos órgãos de comunicação social. No documento garante que os animais que podiam ser salvos, foram salvos.
E esclarece que, "na sequência do incêndio que se iniciou ontem, dia 18 de julho, numa zona florestal da Freguesia de Sobrado, Valongo, e que se propagou para a freguesia de Agrela, Santo Tirso, foi consumido parte de um terreno, no qual se encontravam diversas instalações com cães. Enquanto o incêndio deflagrava, ainda durante a tarde, a ação da GNR foi essencial para permitir que tivessem sido resgatados, com vida, a maior parte dos cães", lê-se no documento.
A GNR acrescenta ainda que "a dimensão do fogo e a grande concentração de animais naquele local, impediram que tivesse sido possível resgatar todos os animais com vida, tendo sido recuperados alguns já sem vida".
E explica, por fim que "os bombeiros combateram o incêndio, conseguindo evitar que o espaço ardesse todo, havendo condições para que os restantes animais permanecessem no local até que se resolvesse a situação, sendo retirados apenas os animais feridos, por indicação do veterinário municipal. Mais tarde, já durante a fase de rescaldo do incêndio, durante a madrugada, diversos populares pretenderam aceder ao terreno, situação para a qual a Guarda foi alertada pela proprietária do terreno".
Considerando que "àquela hora, já não existia urgência, uma vez que a situação estava já a ser tratada pelas entidades competentes e por se tratar de propriedade privada, os militares da Guarda impediram os populares de aceder ao espaço".