ANTRAM acusa sindicatos de falharem prazos da greve - TVI

ANTRAM acusa sindicatos de falharem prazos da greve

  • ALM com Lusa
  • 11 ago 2019, 10:03

Sem dar sinais de que ainda pode contribuir para travar a paralisação, empresas acusam motoristas de não cumprirem a lei no que toca à designação dos trabalhadores para mínimos. Sindicato repete que ANTRAM já tinha enviado escalas

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) acusa os sindicatos de não cumprirem o prazo de envio dos trabalhadores para as escalas de serviços mínimos.

Em comunicado divulgado hoje de manhã, a ANTRAM indica que os sindicatos deviam ter designado os trabalhadores para cumprir os serviços mínimos até 24 horas antes do início da greve, que começa às 00:01 de segunda-feira.

Tal obrigação foi incumprida pelos sindicatos, mais uma vez, ao contrário do que disseram que iriam fazer em toda a comunicação social durante o dia de ontem [sábado]”, escreve a ANTRAM, numa nota enviada por André Matias de Almeida, advogado e porta-voz da Associação.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) decidiram no sábado manter a greve com início na segunda-feira, por tempo indeterminado, após a realização de um plenário conjunto.

Para a ANTRAM, os sindicalistas estão a “fazer tudo” para que os serviços mínimos não sejam cumpridos.

Seria muito mais eficiente às empresas proceder ao seu cumprimento se os sindicatos indicassem logo os trabalhadores que os iriam realizar, até porque dessa forma contribuiriam para uma tensão menor entre empregadores e trabalhadores na medida em que agora serão as empresas a indicar os trabalhadores”, refere a nota da ANTRAM.

Assim, as empresas transportadoras irão designar os trabalhadores para os serviços mínimos, esperando que “seja possível contactar os trabalhadores que ficarão adstritos aos serviços mínimos”.

Portugal está até às 23:59 de 21 de agosto em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido à greve de motoristas.

Os motoristas reivindicam que a associação patronal ANTRAM cumpra o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100%, racionou os abastecimentos de combustíveis e declarou crise energética até às 23:59 de 21 de agosto, o que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

Sindicato diz que ANTRAM enviou escalas diretamente aos trabalhadores

O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas justifica a falta da identificação dos trabalhadores para cumprir os serviços mínimos com o facto de a ANTRAM estar a enviar as escalas de trabalho diretamente aos profissionais.

Em declarações à agência Lusa, o advogado e porta-voz do Sindicato, Pardal Henriques, disse que a Associação de Transportadores de Mercadorias (Antram) devia ter enviado aos sindicatos antecipadamente a identificação dos serviços normais para que depois pudessem ser fornecidos os trabalhadores que devem cumprir os serviços mínimos decretados pelo Governo.

Segundo Pardal Henriques, a ANTRAM não o fez e optou por enviar as escalas normais de trabalho diretamente para os trabalhadores. Já ontem, em Leiria, Anacleto Rodrigues do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tinha dito que, contra a lei,  ANTRAM se estava a antecipar e ela própria e dizer que iriam ser os piquetes.

Portugal está até às 23:59 de 21 de agosto em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido à greve de motoristas.

Os motoristas reivindicam que a associação patronal Antram cumpra o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100%, racionou os abastecimentos de combustíveis e declarou crise energética até às 23:59 de 21 de agosto, o que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

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