Sete portugueses morreram na Suíça entre 2009 e 2019, revela a associação suíça Dignitas, citada pelo Jornal de Notícias. Numa altura em que a eutanásia é ilegal e a despenalização ainda vai ser debatida no parlamento em Portugal, vários cidadãos portugueses pagaram 2300 euros para terminar a vida no estrangeiro.
A Dignitas, associação sem fins lucrativos suíca que presta serviços de suicídio assistido, revelou que ajudou 256 pessoas de várias nacionalidades a pôr termo à vida em 2019.
Por cá, o Movimento Direito a Morrer com Dignidade, cuja petição já conta com mais de 400 assinaturas de profissionais de saúde, defende que ir morrer ao estrangeiro não é solução.
Repare só na violência que é obrigar uma pessoa a viajar a outro país para ir morrer”, explicou Bruno Maia, em declarações à TVI. “As pessoas que decidem antecipar a sua morte, devem poder morrer entre os seus familiares”, explicou.
Já o bastonário da Ordem dos Médicos desvalorizou a representatividade da iniciativa, algo que, para Bruno Maia, é altamente “antidemocrático”.
Se a Ordem dos Médicos quer tomar uma posição oficial sobre este assunto tem que consultar os médicos e não o fez”, afirmou.