É já no próximo domingo, dia 31 de outubro, que muda a hora.
Os relógios (que não forem automáticos) devem, por isso, ser atrasados uma hora: quando baterem as 02:00, volta a ser 01:00 em Portugal Continental e na Madeira.
Nos Açores o processo é semelhante: quando forem 01:00, volta a ser 00:00.
Lembre-se que este regime de mudança da hora, regulado por uma diretiva de 2000, prevê que todos os anos os relógios sejam adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim do horário de verão.
Este regime tem sido alvo de grande discussão e, apesar de ter sido feita uma proposta de alteração em 2018, ainda não foi desta.
A proposta foi avançada pela Comissão Europeia em 2018 e, em 2019, os eurodeputados votaram a favor do fim da mudança de hora, com a medida a entrar em vigor supostamente este ano.
Porquê mudar?
Na base do projeto estiveram fatores como a poupança de energia; a saúde das populações; a segurança nas estradas e as melhorias no funcionamento do mercado único.
Para além disso, para a maioria dos europeus que responderam ao inquérito online da Comissão Europeia, a mudança de horário duas vezes por ano é negativa.
Portugal contra fim da mudança
Já em 2018, o primeiro-ministro português, António Costa, avançou à TVI que “o melhor critério a ser utilizado é o da ciência”, defendendo que para País o melhor seria manter o regime até à data utilizado.
O primeiro-ministro baseou-se na recomendação do relatório realizado pelo Observatório Astronómico de Lisboa, também datado de 2018.
Consequências “bastante nocivas” para a saúde
Em 2019, vários especialistas portugueses revelaram que a mudança da hora duas vezes por ano podia ter consequências “bastantes nocivas” para a saúde, afetando o sono e o funcionamento do corpo humano.
O estudo foi publicado e assinado por nove autores, sendo coordenado por Miguel Meira e Cruz, também presidente da Associação Portuguesa da Cronobiologia e Medicina do Sono.