Detida suspeita de tentar matar marido em Porto de Mós - TVI

Detida suspeita de tentar matar marido em Porto de Mós

  • MM (notícia atualizada às 18:00)
  • 3 jan 2019, 10:37

Mulher intercetada pela PJ, na Gare do Oriente, em Lisboa, quando se preparava para abandonar o país de comboio

A Polícia Judiciária anunciou, esta quinta-feira, a detenção de uma mulher suspeita de tentar matar o marido, na quarta-feira à tarde, em Porto de Mós.

Ao início da tarde de ontem, numa localidade do concelho de Porto de Mós, após mais uma discussão entre um casal, a mulher, de 43 anos de idade, empregada de escritório, munida de uma pistola transformada, desferiu três tiros no companheiro, de 54 anos de idade, empregado numa pedreira e depois, com uma pedra, agrediu-o na cabeça", explicou a Polícia Judiciária, em comunicado. 

Entretanto, em conferência de imprensa, a PJ de Leiria afirmou que a mulher estava a preparar-se para fugir para o estrangeiro de comboio e foi intercetada pela Polícia Judiciária, durante a madrugada, na Gare do Oriente, em Lisboa.

O coordenador da PJ de Leiria, Gil Carvalho, explicou que as três balas, disparadas à porta de casa, atingiram o marido nas costas, no peito - "perto de órgãos vitais" - e no braço. 

Pouco depois, a agressora, que terá ligado para o INEM, fugiu no carro do casal.

O veículo viria a ser localizado em Santarém. A mulher teve ajuda de amigos - que já foram ouvidos como testemunhas e não são cúmplices - e trocou de transporte várias vezes, utilizando meios públicos e privados", acrescentou Gil Carvalho.

Recorrendo a todas as diligências possíveis e meios legais, a PJ de Leiria foi no encalce da suspeita, que ainda tentou ludibriar os inspetores da PJ, dirigindo-se ao aeroporto. Daqui, seguiu para a Gare do Oriente, onde foi detida, "com vestes diferentes e na posse de um bilhete de comboio", "perspetivando-se a sua saída do país".

Desconhecemos, para já, as circunstâncias em que tudo aconteceu e qual terá sido a motivação do crime", adiantou Gil Carvalho, explicando que mais esclarecimentos deverão surgir durante a investigação.

Considerando que ainda é "muito prematuro" avançar com qualquer contexto ou motivação, o coordenador da PJ de Leiria informou que as autoridades não têm qualquer registo de denúncia por violência doméstica de qualquer elemento do casal.

A arma, esclareceu Gil Carvalho, pertencia ao casal, mas não estava licenciada.

O responsável elogiou toda a equipa de inspetores que trabalharam no caso, inclusive no controlo fronteiriço, e que permitiu rapidamente deter a suspeita da autoria de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e de um crime de detenção de arma proibida.

Face aos ferimentos, o homem foi transportado ao hospital de Leiria, onde ainda se encontra internado.

A arguida será presente às autoridades judiciárias competentes para aplicação das medidas de coação tidas por convenientes.

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