Portugal vai reduzir participação militar no Afeganistão - TVI

Portugal vai reduzir participação militar no Afeganistão

Afeganistão (arquivo)

Os cerca de 300 militares passarão a menos de trinta antes do Natal

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A participação militar portuguesa na missão da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) no Afeganistão vai ficar reduzida a um décimo do esforço inicial, cerca de 300 militares, que passarão a menos de trinta antes do Natal.

Segundo dados fornecidos pelo Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal tem actualmente na missão da ISAF, liderada pela NATO desde 2003, um conjunto de 74 militares, distribuídos por um «destacamento de 45 com uma aeronave de transporte logístico Hércules C-130», a que se somam mais «29 militares no Operational Mentoring and Liasion Team (OMLT) - 20 da Força Aérea, 6 da Marinha e 3 do Exército Português».

Com o fim da participação do destacamento do C-130 antes do final do mês de Dezembro, Portugal passa a contar com apenas 29 militares em território afegão, a mais baixa participação desde o início da missão da ISAF, em 2002, primeiro ano em que foram enviadas tropas portuguesas para o Afeganistão.

Portugal começou por enviar cerca de 300 militares, tendo este número sido progressivamente reduzido ao longo dos últimos anos, para aproximadamente 150 militares a partir de 2005 e uma redução mais significativa este ano, quando seguiu para Cabul a equipa de 45 militares e do C-130.

Em declarações à agência Lusa, o antigo porta-voz da ISAF, o general português Carlos Branco, defende que a participação portuguesa está «enquadrada dentro das prioridades da Aliança Atlântica», acrescentando que houve «uma alteração qualitativa da participação portuguesa», que alterou a tipologia da sua participação militar.

Questionado sobre se prevê um aumento da participação portuguesa em 2009, o general Carlos Branco preferiu «não comentar políticas do Estado português».

O ano de 2008 teve o balanço mais negativo na história da missão da ISAF, com 272 militares das forças internacionais mortos - da NATO e da coligação norte-americana.

Alguns relatórios de grupos de reflexão especializados internacionais e o aumento de atentados e ataques contra os militares da ISAF indicam um aumento do domínio talibã no Afeganistão, o que tem levado vários quadros superiores da NATO a apelarem a um reforço militar naquele país.
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