O ex-administrador da Octapharma Paulo Lalanda e Castro vai ficar em liberdade, depois de ter sido ouvido por um juiz alemão em Heiderberg, na Alemanha, onde se encontrava detido há uma semana, e que considerou injustificado o mandado de detenção europeu no âmbito do processo "0-negativo".
Ao que a TVI apurou, o arguido procura agora vir a Portugal prestar esclarecimentos no âmbito do negócio do plasma, que o Ministério Público investiga na sequência da reportagem da TVI.
No âmbito de um mandado de detenção europeu, Lalanda e Castro foi detido na quarta-feira à tarde, nos escritórios da farmacêutica Octapharma em Heidelberg, quando participava numa reunião.
O ex-administrador da farmacêutica terá, alegadamente, oferecido um duplex no Porto e pago despesas correntes ao antigo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, para garantir o monopólio da venda de plasma humano inativado nos hospitais públicos portugueses. Ambos são suspeitos de corrupção e branqueamento de capitais.
Além do empresário e do médico, o processo tem mais três arguidos: Elsa Morgado, antiga dirigente da Associação Portuguesa de Hemofilia, e os advogados Luís Barros de Figueiredo e Paulo Farinha Alves, suspeitos de branqueamento de capitais.