Empresários da noite do Porto querem mais policiamento após morte de jovem - TVI

Empresários da noite do Porto querem mais policiamento após morte de jovem

  • Agência Lusa
  • CM
  • 12 out 2021, 14:21
Preparativos para a reabertura das discotecas

Um jovem de 23 anos foi agredido na madrugada de domingo na fila para um discoteca no centro da cidade, tendo morrido no dia seguinte, devido a graves lesões cerebrais

O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto pediu, nesta terça-feira, mais policiamento na ruas após a morte de um jovem de 23 anos na fila para uma discoteca, admitindo que os empresários da noite estão “muito preocupados”.

Aumentar o policiamento das ruas do Porto “é uma questão fulcral e de máxima importância”, disse Miguel Camões, em entrevista à Lusa, um dia depois da morte de um jovem de 23 anos, vítima de espancamento numa rua da Baixa da cidade do Porto na madrugada de domingo.

Vemos com muita preocupação que, a partir do aliviar das medidas restritivas, e com a abertura tardia dos espaços de diversão noturna criou-se um novo hábito de consumo de álcool na rua, em praças e locais públicos, que leva a ajuntamentos de centenas e às vezes de milhares de jovens, sem qualquer tipo de controlo, que vão bebendo álcool em quantidades enormes, causando insegurança na cidade”.

Esse conjunto de jovens pela cidade toda, já embriagados muito cedo cria “situações de insegurança na cidade e que infelizmente tiveram este fim de semana como desfecho a pior das situações que podíamos esperar e isto é uma coisa que nos preocupa muito”, reiterou o empresário.

Miguel Camões assumiu que a segurança dentro e fora dos estabelecimentos noturnos é “um pilar do bom funcionamento do setor” e recordou que desde 2017 que a associação tem vindo a alertar a Câmara do Porto e a polícia de que é preciso mais policiamento nas ruas.

É uma reivindicação muito antiga de que a Baixa do Porto precisa de mais policiamento. Já desde 2017 que vimos alertando a autarquia e a polícia de que é preciso mais policiamento nas ruas”, disse, lembrando que os empresários da noite durante dois anos consecutivos fizeram policiamento gratificado nas ruas do Porto “pago pelos empresários associados” e que e que só terminou em março de 2020 por causa da pandemia e com o encerramento dos estabelecimentos.

Apesar das dificuldades de tesouraria que o setor enfrenta, e por considerar que a segurança é assunto para o Governo resolver, Miguel Camões avançou que a associação encetou novamente diligências junto da polícia para haver mais policiamento.

Já encetámos novamente diligências junto da PSP para vermos de que forma é que podemos pôr policiamento na rua, mas isto é claramente uma responsabilidade do Governo, do Ministério da Administração Interna, não é nosso. É preciso mais policiamento nas ruas da cidade do Porto, sem a menor dúvida”, frisou.

Vários incidentes têm marcado a noite do Porto, mormente aos fins de semana, mas as autoridades não estabelecem, para já, qualquer associação com esses casos.O suspeito de ter espancado o jovem de 23 anos na Baixa do Porto ficou em prisão preventiva.

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