Suspeito da morte da menina Maëlys de Araújo revela que lhe deu várias pancadas - TVI

Suspeito da morte da menina Maëlys de Araújo revela que lhe deu várias pancadas

  • 25 set 2018, 20:36
Nordahl Lelandais - acusado da morte de Maelys de Araújo

Reconstituição do crime ocorrido em agosto do ano passado no sul de França trouxe novos dados ao processo. Nordahl Lelandais terá até mostrado um novo local onde levou a criança lusodescendente

Noite de segunda para terça-feira, entre as 20:00 e as 3:00 da manhã, em Pont-de-Beauvoisin, no sudeste de França, juízes de instrução, procuradores, advogados e os pais da menina Maëlys de Araújo participaram na reconstituição do que se passou a 27 de agosto de 2017, guiados pelo acusado Nordahl Lelandais. Que, depois de ter negado qualquer envolvimento e, mais tarde, confessado ter involuntariamente causado a morte da criança, terá agora admitido que lhe deu várias pancadas.

O caso, que começou com o desaparecimento da pequena lusodescendente numa festa de casamento, teve agora mais uma etapa, com a reconstituição, seguida de perto por vários meios de comunicação franceses. Segundo o jornal regional Le Dauphiné Libéré, o antigo soldado Nordahl Lelandais terá adiantado novas explicações num último interrogatório, na passada sexta-feira, perante os juízes de instrução de Grenoble.

O cortejo, com cerca de duas dezenas de carros, criado para reconstituir o crime saiu do local onde decorria o casamento - no qual, a família Araújo e o soldado Lelandais eram convidados - e parou no parque de estacionamento de uma zona comercial, de que o acusado nunca antes falara, entre o centro da cidade de Pont-de-Beauvoisin e a casa dele.

Nesta etapa, onde a comitiva se deteve por uma hora, os polícias rodearam o local com panos brancos para ocultar as diligências efetuadas. Segundo a televisão BFMTV, terá sido nesse local que o soldado Lelandais agrediu, com quatro ou cinco pancadas, a menina. Na noite passada, terá mesmo exemplificado o que fez num manequim, diante dos juízes e na presença dos pais de Maëlys.

Outro dado tido como surpreendente, assinalado pela imprensa francesa que seguiu de perto a reconstituição, os investigadores não se detiveram num barracão junto da casa de Lelandais, onde este antes dissera ter escondido o corpo da menina.

Depois, por volta das 23:20 locais, o cortejo seguiu para a zona florestal onde o soldado confessou ter deixado o corpo de Maëlys de Araújo e onde o cadáver seria encontrado.

A 3 de setembro do ano passado, Nordahl Lelandais foi acusado de "sequestro e detenção arbitrária", quando foram enocntrados vestígios de ADN da criança no seu carro.

A 10 de novembro, após a análise de imagens de câmaras de videovigilância, que mostravam a silhueta da menina no "lugar do morto" do seu carro, Lelandais foi acusado de homicídio. Acabaria por assumir a morte da criança, mas de forma "involuntária", dizendo ter-lhe dado um soco porque a criança tinah entrado em pânico.

O funeral da pequena Maëlys de Araújo ocorreu a 2 de junho em La Tour-du-Pin, mais de três meses após a descoberta do corpo.

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