Assalto em estaleiro da construção provoca prejuízo de milhares

O assalto a um estaleiro de construção civil e obras públicas na vila de Salto, Montalegre, provocou na madrugada desta terça-feira um prejuízo entre os 80 e os 100.000 euros, revelou à agência Lusa o proprietário, Domingos Alves.

Uma camioneta, várias máquinas, gasóleo, baterias, cabos elétricos e cobre foram os alvos dos assaltantes, que provocaram um prejuízo «enormíssimo» à empresa. Por causa do furto, os 106 funcionários estão sem trabalhar e a situação vai prolongar-se por tempo indeterminado, porque não existem condições, explicou o dono do estaleiro.

«As coisas já não estavam fáceis e agora ficaram piores, podendo mesmo ser o fim da empresa», disse.

No local esteve a Guarda Nacional Republicana de Montalegre e o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Chaves.

Contudo, Domingos Alves teceu duras críticas à atuação do NIC, referindo que não foram a todos os locais do estaleiro, não recolheram impressões digitais e recusaram-se a levar as imagens do sistema de videovigilância por estarem «pouco nítidas».

«Só tiraram fotos e não foi em todos os sítios», salientou, acrescentando que as autoridades apenas lhe disseram que o assalto deve ter sido cometido pelo mesmo grupo que há alguns dias cometeu um furto num estaleiro em Chaves, «levando coisas semelhantes».

Descontente com o sucedido, Domingos Alves comunicou a situação ao Comando Territorial da GNR de Vila Real, recebendo como resposta que a equipa de investigadores atuou com os meios disponíveis.

O proprietário da empresa pediu ainda a colaboração da Polícia Judiciária, mas esta força policial explicou-lhe que este tipo de crimes não é da sua competência.

O comandante do Destacamento Territorial da GNR de Chaves, Jorge Costa, afirmou à Lusa que a equipa do NIC que esteve no local cumpriu os procedimentos e recolheu os vestígios possíveis, prosseguindo agora com as diligências necessárias.

Esta é a segunda vez que aquele estaleiro de construção civil e obras públicas é assaltado.