Observatório Oceânico da Madeira pode fechar se não obtiver verbas comunitárias - TVI

Observatório Oceânico da Madeira pode fechar se não obtiver verbas comunitárias

  • RL
  • 19 nov 2019, 15:11
Madeira

O Observatório foi constituído em 2014 e agrega uma comunidade científica multidisciplinar que investiga e monitoriza permanentemente o oceano

O Observatório Oceânico da Madeira pode encerrar caso não exista apoio financeiro no âmbito do quadro comunitário, referiu esta terça-feira o secretário regional do Mar e das Pescas, Teófilo Cunha.

"Temos quadros comunitários de apoio a terminar e outros que ainda não se iniciaram e vai haver aqui um espaço temporal em que algo vai ter de ser feito, com o risco de algumas entidades, como o observatório, poderem encerrar se não tiverem financiamento para funcionar", disse o governante, durante uma visita que fez às instalações do OOM, no Funchal.

O Observatório foi constituído em janeiro de 2014 com o objetivo de investigação e monitorização permanente do oceano e agrega uma comunidade científica multidisciplinar.

De acordo com o governante, há linhas de financiamento que podem estar para aprovar mas, como a atual estrutura europeia ainda não se encontra em funcionamento na plenitude, todo o processo pode atrasar-se.

O financiamento termina em 2020 e, por agora, para dar continuidade ao funcionamento do próprio observatório, o executivo avalia o que pode ser feito dentro "das competências e do Orçamento Regional".

"Ficou o compromisso de estudar", disse, porque antes do orçamento regional "ainda é preciso saber o orçamento da República".

O trabalho do Observatório insere-se sobretudo na recolha de informação para conhecimento do meio marinho, de forma a aproveitar melhor os recursos disponíveis, de acordo com o seu diretor, Rui Caldeira.

"É muito importante que este trabalho se faça se nós quisermos, efetivamente, pensarmos no desenvolvimento da economia azul porque não se faz economia sem conhecimento", disse.

Um dos projetos em curso versa o aproveitamento do potencial energético eólico das ondas e das correntes para descobrir quais são as zonas com mais potencial energético.

Foram investigadores do Observatório que descobriram, a dois mil metros de profundidade, uma planície de corais ao largo da Ribeira Brava, na Madeira, em julho de 2018.

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