Lalanda e Castro quer regressar a Portugal em liberdade - TVI

Lalanda e Castro quer regressar a Portugal em liberdade

Empresário alega que nunca quis fugir à Justiça

O antigo administrador da Octapharma Paulo Lalanda e Castro já foi ouvido por um juiz alemão em Heiderberg, na Alemanha, onde foi detido esta quarta-feira, e informou que não se opõe à extradição, mas a TVI sabe que o advogado alemão que o acompanha está a tentar que o empresário regresse a Portugal em liberdade.

Para isso, o empresário entregou no tribunal os quatro requerimentos que ao longo dos últimos meses enviou ao DIAP de Lisboa e onde pede para ser ouvido no inquérito "O - Negativo".

Aliás, o último requerimento enviado ao DIAP, sabe a TVI, foi feito apenas uma hora antes de Lalanda ter sido detido.  

Com isto, o empresário quer provar que nunca pensou fugir à justiça e que o mandado de detenção europeu não se justificava.

O juiz alemão tem dez dias para decidir se extradita o suspeito, ou se o manda em liberdade. O prazo começou a contar desde quinta-feira, ou seja, o dia em que Lalanda e Castro consentiu numa eventual extradição.

Se for aceite a extradição, o empresário é entregue ao Ministério Público português, que tem 48 horas para o apresentar ao juiz, a fim de ser interrogado e conhecer as medidas de coação.

Paulo Lalanda e Castro foi detido na quarta-feira à tarde nos escritórios da Octapharma em Heidelberg, na Alemanha, quando participava numa reunião.

O ex-administrador da farmacêutica terá, alegadamente, oferecido um duplex no Porto e pago despesas correntes ao antigo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, para garantir o monopólio da venda de plasma humano inativado nos hospitais públicos portugueses. Ambos são suspeitos de corrupção e branqueamento de capitais.

Além do empresário e do médico, o processo tem mais três arguidos: Elsa Morgado, antiga dirigente da Associação Portuguesa de Hemofilia, e os advogados Luís Barros de Figueiredo e Paulo Farinha Alves, suspeitos de branqueamento de capitais. 

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