Reformados entregam petição contra o OE com 13 mil assinaturas - TVI

Reformados entregam petição contra o OE com 13 mil assinaturas

Esta tarde serão recebidos por Cavaco Silva, a quem vão pedir a fiscalização preventiva do documento

Membros da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE!) entregaram esta quinta-feira no Parlamento uma petição com 13 mil assinaturas contra o Orçamento e esta tarde pedem ao Presidente da República que recorra à fiscalização preventiva.

Em declarações aos jornalistas, a coordenadora deste movimento, Maria do Rosário Gama, antiga professora na Escola Secundária Dona Maria (Coimbra), disse que as 13 mil assinaturas da petição foram recolhidas apenas no espaço de um mês.

«Pretendemos sensibilizar os deputados para que peçam a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado para 2013 e ainda esta tarde vamos ser recebidos pelo Presidente da República, Cavaco Silva, a quem pediremos para que recorra junto do Tribunal Constitucional à fiscalização preventiva do Orçamento», disse a professora.

De acordo com Maria do Rosário Gama, cidadã independente, que foi apoiante das candidaturas presidenciais de Manuel Alegre, a APRE! foi criada como reação às medidas tomadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2013 no que respeita a pensionistas e reformados.

«Consideramos que estamos a ser alvo de um saque. Não vamos só pagar os impostos e as taxas relativamente ao que as pessoas no ativo vão pagar, mas, para além disso, teremos ainda de pagar uma contribuição que hipocritamente se chama de solidariedade», afirmou Maria do Rosário Gama.

Maria do Rosário Gama salientou depois que a remuneração dos reformados é resultado de um contrato celebrado com o Estado.

«Tivemos uma carreira contributiva muito longa - algumas pessoas ultrapassaram mesmo os 40 anos -, fizemos os planos de vida em função da pensão atribuída, muitos de nós temos os filhos desempregados e temos pais a cargo. Por isso, este saque vem perturbar gravemente a vida das pessoas. Em particular, os reformados estão a ser discriminados em relação aos outros cidadãos», sustentou Maria do Rosário Gama.
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