Doente "muito urgente" esperou mais de três horas para ser levado até ao hospital certo - TVI

Doente "muito urgente" esperou mais de três horas para ser levado até ao hospital certo

  • Ana Bartolomeu Simões
  • 27 nov 2019, 15:58

Rapaz caiu da cama enquanto dormia e confusão nos serviços fez com que demorasse a ser assistido

Um jovem de 19 anos, que caiu do beliche durante a madrugada de dia 21 de novembro, em Lagares da Beira, em Oliveira do Hospital, demorou três horas a conseguir ter ajuda médica adequada. A denúncia foi feita pelo pai do rapaz.

Segundo Hélio Monteiro, pai do jovem, contou à TVI que os bombeiros chegaram a sua casa poucos minutos depois de terem sido chamados, e “em 10/15 minutos fizeram o trabalho”, mas estiveram mais de meia hora para seguir caminho.

“Estavam à espera de ordens do CODU/INEM para que hospital é que tinham de seguir”, conta o pai da vítima. 

O jovem traumatizado acabaria por ser transportado para as urgências do Hospital de Seia que estão sem equipamento de raio x. E foi lá que voltou a estar à espera para ser transportado para um hospital que o pudesse atender.

"[Perguntei] O que é que se passa? A ambulância não anda? [Responderam-me] Não, Hélio, é que não podemos sair daqui sem um documento a dizer que temos que ir para Coimbra e o indivíduo que está a trabalhar na secretaria diz que não tem nada que passar esse documento e está aqui uma guerra entre o indivíduo da secretaria e a médica", revelou ainda o pai do jovem.

Só ao final de três horas, e depois de uma viagem a Seia em vão, é que o jovem chegou ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

A demora acabou por não trazer consequências, mas os familiares procuram encontrar os responsáveis e evitar que situações destas se repitam.

"Agora imaginemos que o meu filho tinha morrido, que tivesse acontecido uma desgraça destas, e depois desta história toda, se calhar tinha aqui amanhã o Presidente da República a dar-me beijos e abraços. Pois, o senhor Presidente que venha agora que não aconteceu nada e que venha perguntar o que é que se passa", reiterou Hélio Monteiro.

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