Rui Rangel e Fátima Galante ficam com termo de identidade e residência - TVI

Rui Rangel e Fátima Galante ficam com termo de identidade e residência

Medidas de coação dos dois desembargadores, arguidos na Operação Lex, foram determinadas esta quarta-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça

Os juiz desembargador Rui Rangel fica com termo de identidade e residência e proibido de contactar os restantes arguidos do processo Lex, decidiu, esta quarta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), onde decorre o inquérito, que determinou também que Rui Rangel terá de pedir autorização cada vez que quiser sair do país. O Supremo mantém também a suspensão de funções do magistrado. 

A ex-mulher de Rui Rangel, Fátima Galante, também arguida na Operação Lex, fica igualmente sujeita ao termo de identidade e residência, proibida de contactar os restantes arguidos e mantém-se suspensa de funções. 

Neste inquérito investigam-se suspeitas de crimes de tráfico de influência, de corrupção/recebimento indevido de vantagem, de branqueamento e de fraude fiscal", avança a Procuradoria Geral da República (PGR), em comunicado. 

Tanto Rui Rangel como Fátima Galante foram suspensos preventivamente das suas funções pelo plenário do Conselho Superior da Magistratura, que também suspendeu a promoção ao Supremo Tribunal de Justiça de Fátima Galante

Além de Rui Rangel e de Fátima Galante, a Operação Lex tem outros 11 arguidos, entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues. O processo é dirigido pelo Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) com a coadjuvação de magistrados do Departamento
Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). "Na investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária", diz o comunicado da PGR. 

Cinco dos arguidos que se encontravam detidos já foram ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade, e um deles pagou uma caução de 25.000 euros.

Na operação, desencadeada a 30 de janeiro, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.

O processo encontra-se agora em segredo de justiça. 

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