José Sócrates pediu há largos meses para ser ouvido pelo Ministério Público, mas a diligência que o levou, esta quarta-feira a Lisboa para ser ouvido no DCIAP foi requerida por iniciativa do Ministério Público e não por solicitação do ex-primeiro-ministro.
José Sócrates foi ouvido devido a factos novos, conforme confirmou a Procuradoria-Geral da República, e ao que a TVI apurou, o ex-primeiro-ministro foi confrontado com as respostas às cartas rogatórias enviadas para as entidades suíças.
Sabe a TVI que na resposta às cartas surge uma ligação entre os administradores do Grupo Lena, como sendo a origem de dinheiro depositado em contas do empresário amigo de José Sócrates, Carlos Santos Silva.
Segundo entende o Ministério Público, algumas das contas de Santos Silva serão na realidade de José Sócrates.
Ao que a TVI apurou, o ex-primeiro-ministro apesar de poder optar pelo silêncio, escolheu prestar declarações.
José Sócrates ficou ainda sem saber qual é a proposta do Ministério Público para a revisão de medida de coação que deverá ser revista até 9 de junho.
O ex-chefe de Estado foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, estando indiciado dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. É o único arguido ainda em prisão preventiva na Operação Marquês, depois do empresário Carlos Santos Silva estar desde terça-feira em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.
Cartas rogatórias motivaram audição de Sócrates
- Cláudia Rosenbusch
- 27 mai 2015, 20:30
Ao que a TVI apurou, a diligência foi requerida pelo Ministério Público. Ex-primeiro-ministro podia ter optado pelo silêncio, mas falou
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