A secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP), Isabel Camarinha, foi recebida esta sexta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa. À saída do Palácio de Belém, reiterou que apesar do chumbo do Orçamento do Estado “mantém-se a greve nacional do dia 12 de novembro”.
De acordo com Isabel Camarinha, a conjuntura política atual de Portugal mudou, mas as reivindicações dos trabalhadores mantêm-se.
A CGTP tem convocada uma manifestação nacional para o dia 20 de novembro. (…) Os problemas dos trabalhadores e do país continuam a ter necessidade de resposta, portanto, os trabalhadores têm de manifestar a sua exigência e reivindicação”, aponta a CGTP.
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A CGTP acrescenta ainda que entende que não existe "necessidade de eleições antecipadas", mas remete a decisão para Marcelo Rebelo de Sousa, que ouviu esta sexta-feira os parceiros sociais.
CGTP defende a resposta aos problemas dos trabalhadores e do país. Não consideramos que haja necessidade de eleições antecipadas, mas isso será uma decisão do sr. Presidente”, refere Isabel Camarinha.
Independentemente da dissolução ou não do Parlamento, a unidade sindical entende que "há respostas que continuam a ser necessárias" e exige soluções a curto-prazo.
O aumento do salário mínimo, das pensões e reformas e a redução dos horários de trabalho para as 35 horas de limite máximo semanal e a regulação dos horários de trabalho são algumas das reivindicações urgentes enumeradas pela Intersindical.
Isabel Camarinha aponta ainda a falta de médicos e enfermeiros do SNS, bem como, de professores no ensino público como sinais de que é fulcral criar estratégias nacionais para que os profissionais se fixem no país.
Para já, a CGTP considera que Governo em funções deve avançar com novas respostas aos problemas fundamentais do país, independentemente, do cenário de crise política.
O Governo vai ter de dar resposta àquilo que é esta situação de degradação das condições de vida e de trabalho no nosso país. É isto que vamos continuar a exigir”, culmina Isabel Camarinha.
Isabel Camarinha revela que tem sentido um "descontentamento enormíssimo" entre os trabalhos que "cada vez mais estão a aproximar-se do salário mínimo”.