Profissionais da Linha Saúde 24 rejeitam críticas - TVI

Profissionais da Linha Saúde 24 rejeitam críticas

Call-Center da Linha 24 horas

Ordem dos Farmacêuticos desaconselhou o recurso a este serviço

Os profissionais da Linha Saúde 24 rejeitaram esta segunda-feira as críticas da Ordem dos Farmacêuticos (OF) sobre a qualidade do aconselhamento terapêutico realizado por aquele serviço, garantindo que os comentários da OF não correspondem à realidade, noticia a Lusa.

«Os comentários acerca da qualidade do serviço não têm qualquer tipo de aderência à realidade, sendo que neste caso o melhor juiz é definitivamente os milhares de utentes que já ligaram para a Saúde 24 e as chamadas diárias que recebemos que apenas têm por objectivo agradecer a ajuda prestada», afirmam os trabalhadores daquela linha, num abaixo-assinado divulgado esta segunda-feira.

A OF desaconselhou hoje o recurso à Linha Saúde 24 por não reconhecer a validade das informações prestadas por este serviço em matéria de medicamentos, «enquanto a entidade gestora não proceder à contratação de profissionais com competências adequadas».

«Profundo desagrado»

No abaixo-assinado, com mais de 120 nomes, constam supervisores, gestores de turnos, enfermeiros e alguns técnicos de farmácia ou farmacêuticos.

Manifestando o seu «profundo desagrado» pelas notícias sobre a qualidade do serviço prestado, os subscritores acrescentam que «todas as referências efectuadas às condições de trabalho são grotescas, por não serem verdadeiras e as relações inter-pessoais se passarem dentro da maior cordialidade e profissionalismo».

«Assim, vimos demarcar-nos claramente das prestações assumidas por um grupo de colegas, que mantendo um diferendo laboral com a LCS - Linha de Cuidados de Saúde não hesitaram em envolver a Saúde 24 distorcendo maldosamente a realidade», criticam.

«Desorganização no serviço»

A Linha Saúde 24 foi criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade.

«As recentes notícias vindas a público sobre o funcionamento deste serviço e os testemunhos de alguns colegas farmacêuticos que nele trabalharam reflectem, aliás, alguma desorganização no serviço e comprovam os receios da Ordem dos Farmacêuticos em relação às informações que são disponibilizadas à população», afirma a OF.

Adianta que já solicitou uma reunião com a entidade gestora do serviço para analisar este «incumprimento do acto farmacêutico» e resolver um problema que considera «grave» e que «poderá inclusivamente colocar em causa a saúde e qualidade de vida» dos doentes e as terapêuticas que lhes foram prescritas.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contactar os responsáveis pela Linha Saúde 24.
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