Os hospitais com situações mais caóticas nas urgências - TVI

Os hospitais com situações mais caóticas nas urgências

  • CP
  • 31 dez 2017, 12:14

Ordem dos Médicos relata problemas em Vila Nova de Gaia, Faro, Vila Nova de Foz Côa e Vale do Sousa

A Ordem dos Médicos assume que há situações anómalas e graves nas urgências de alguns hospitais nos últimos dias, embora não generalize o panorama a todas as unidades do país.

“Na última semana houve algumas situações complicadas”, afirmou o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, em declarações à agência Lusa.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, denunciou este sábado "o caos instalado na maior parte das urgências do país" e apelou ao Ministério da Saúde para que "tome uma atitude".

Um dos casos é o do hospital de Vila Nova de Gaia, que teve nos últimos dias “uma afluência muito elevada” de utentes à urgência e que tem 24 pessoas internadas no serviço de urgência.

“Isto, por exemplo, é caótico, de facto”, comentou Miguel Guimarães.

Ainda quanto ao hospital de Gaia, o bastonário dos Médicos diz que a administração da unidade de saúde pediu junto do Ministério para ativar o plano de contingência, que permitiria usar 20 camas extra, mas o pedido ainda não foi autorizado.

Miguel Guimarães deu ainda o exemplo do Hospital de Faro, onde refere que nos últimos dias se chegaram a registar esperas de 20 horas nas urgências.

“Faro tem problemas gravíssimos, há muito. Inclusive tem escalas de médicos incompletas e muitas vezes só asseguradas por internos."

A Ordem dos Médicos tem também registo de problemas no hospital de Vila Nova de Foz Côa, referindo que a urgência básica esteve fechada durante o Natal por falta de médico.

No hospital Padre Américo (Vale do Sousa), o bastonário diz que no sábado o tempo de espera para doentes com pulseira laranja chegou a estar “cinco, seis ou sete vezes acima” dos 10 minutos definidos para estes doentes considerados urgentes.

Há ainda nota de “excesso de doentes” no hospital de São João, com “os tempos de espera a aumentar”, chegando a ultrapassar as duas horas para as pulseiras amarelas, definidas com uma espera até uma hora.

Para Miguel Guimarães, “o ministro da Saúde não preparou os serviços atempadamente” para este período de inverno e de aproximação da gripe.

“Está a acontecer mais uma vez o que já aconteceu em anos anteriores”, disse o bastonário, considerando que “falhou o plano de contingência definido pela Direção-geral da Saúde”.

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