O acesso automóvel ao Aeroporto do Porto, que inclui um sistema de cancelas, já está em vigor e, segundo a gestora aeroportuária ANA – Aeroportos de Portugal, a decorrer “sem qualquer problema”.
Em declarações à agência Lusa, fonte oficial da ANA recordou que o sistema é “parecidíssimo” com o que já está a ser aplicado desde maio no Aeroporto de Faro e foi apresentado e esclarecido “atempadamente” em reuniões com diversos utilizadores dos espaços do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
De acordo com a ANA, “todos os utilizadores particulares que pretendam deixar/ir buscar passageiros ao aeroporto têm direito a 10 minutos grátis”, mas a partir deste limite a permanência da viatura passa a ser taxada.
Conforme explica a gestora aeroportuária, trata-se do conceito ‘Kiss & Fly’, “muito praticado em outros aeroportos da Europa e do mundo” como os de Helsínquia, Praga, Marselha, Basel-Mulhouse International Airport, Paris – Orly, Genéve, Paris CDG, Chicago O’Hare, JFK, Brussels, Wroclaw, Charlotte-Douglas, Bologna, Tallin, Dortmund, Gatwick, San Francisco, Nice e Heathrow.
“Desta forma, a experiência de ir levar ou buscar alguém ao aeroporto do Porto será mais tranquila, mais cómoda e mais rápida, uma vez que os utilizadores podem parar mesmo junto ao terminal”, sustenta, embora sublinhando que “o objetivo é desincentivar o uso intensivo do ‘curbside’” para evitar congestionamentos.
Neste sentido, a terceira utilização daquelas zonas, num período de 24 horas, será cobrada, ficando de fora destas regras as viaturas de transporte coletivo público regular, que não pagam.
Quanto aos táxis, quando em largada de passageiros não pagam qualquer tarifa desde que não ultrapassem os 10 minutos de permanência, sendo que os que estiveram em tomada de passageiros irão manter-se no espaço atualmente disponibilizado para o efeito, que irá ser de acesso reservado a portadores de avença válida.
Já os autocarros de turismo e os shuttles de turismo e dos hotéis terão espaços próprios adequados para aceder ao aeroporto (parque 8), enquanto os rent-a-car sem instalações no aeroporto do Porto também passam a dispor de parque de estacionamento dedicado (parque 7).
“Face aos congestionamentos identificados, o que se pretende é racionalizar as acessibilidades, o que passa por reorganizar os acessos aos terminais de passageiros por forma a promover a eficiência operacional, a segurança e a sustentabilidade ambiental do seu uso”, destaca a ANA.
Segundo a empresa, o objetivo é desincentivar a “utilização por tempos excessivos deste espaço, para não prejudicar os utilizadores e a operação aeroportuária no seu global, sobretudo nos períodos de pico, e não potenciar riscos ao nível da segurança”.
É que, admite, atualmente o ‘curbside’ do Aeroporto do Porto é afetado por “diversos constrangimentos operacionais e impactos ambientais, em grande parte motivados por desequilíbrios modais no acesso e usos indevidos de utentes privados e comerciais externos à atividade aeroportuária da ANA”.