Prisão preventiva para o pai de Daniel, o menino que desapareceu na Madeira há 2 anos - TVI

Prisão preventiva para o pai de Daniel, o menino que desapareceu na Madeira há 2 anos

Homem foi detido este sábado pela Polícia Judiciária, suspeito da prática do crime de violação de uma menor. Tribunal fundamenta a decisão pelo "perigo de fuga, perturbação do inquérito, continuação da atividade criminosa e alarme social"

O pai de Daniel, o menino que esteve desaparecido em janeiro de 2014, na Madeira, ficou em prisão preventiva. O homem foi detido no sábado pela Polícia Judiciária, suspeito da prática do crime de violação de uma menor.

O Tribunal Judicial da Madeira indiciou esta segunda-feira Carlos Abreu Sousa do crime de violação de uma jovem de 17 anos, ocorrido a 2 de maio no concelho da Calheta, e aplicou-lhe a medida de prisão preventiva.

O tribunal fundamenta a decisão pelo "perigo de fuga, perturbação do inquérito, continuação da atividade criminosa e alarme social".

O arguido foi detido no sábado, e foi esta segunda-feira sujeito a interrogatório durante mais de três horas no Tribunal Judicial da Comarca da Madeira.

O caso remonta a 2 de maio e ocorreu junto às piscinas anexas à Escola Básica e Secundária da Calheta onde o arguido, ao abrigo de um programa de trabalho temporário, fazia a limpeza e manutenção da respetiva estrutura balnear e desportiva.

A vítima contou o sucedido ao diretor de turma que terá apresentado queixa à Policia Judiciária, tendo o suspeito sido suspenso do trabalho.

Depois de ter sido interrogado pela PJ, Carlos Abreu Sousa, em declarações a vários órgãos de comunicação social, negou as acusações de violação da jovem de 17 anos.

Carlos Abreu Sousa, 28 anos, é pai de Daniel, um menino que esteve desaparecido durante três dias em janeiro de 2014, na Madeira, quando tinha 17 meses.

A mãe do Daniel, Lídia Freitas, foi acusada pelo Ministério Público, em maio deste ano, pela prática dos crimes de rapto e tráfico de pessoas.

A 19 de maio, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa anunciou que o Ministério Público havia pedido o julgamento em tribunal coletivo da mãe do menino, por haver indícios de que foi “responsável pelo desaparecimento da criança, com vista a vendê-la a terceiros para que estes a pudessem adotar por via ilícita".

A criança desapareceu a 19 de janeiro de 2014, de casa de familiares residentes no Estreito da Calheta, no sítio do Lombo dos Reis Acima, e viria a ser encontrada três dias depois numa zona de floresta com sinais de frio.

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