Covid-19: hospitais do Oeste estimam retomar consultas e cirurgias não programadas em março - TVI

Covid-19: hospitais do Oeste estimam retomar consultas e cirurgias não programadas em março

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  • MJC
  • 18 fev 2021, 11:45
Novas rotinas no Hospital de São João no Porto

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) começou a reduzir as enfermarias covid-19, com a diminuição da procura às urgências, e estima retomar em março as consultas e cirurgias não programadas

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) começou a reduzir as enfermarias covid-19, com a diminuição da procura às urgências, e estima retomar em março as consultas e cirurgias não programadas, disse hoje a sua administradora.

Estamos a avaliar se conseguimos retomar as consultas e as cirurgias não programadas em março", afirmou Elsa Baião à agência Lusa, apesar de reconhecer que "ainda há um grande número de profissionais afetos às áreas covid" nos hospitais de Torres Vedras e Caldas da Rainha.

A retoma da atividade assistencial não programada decorre de uma menor procura às urgências e de uma diminuição do internamento de doentes com covid-19, registadas desde o dia 10 de fevereiro.

Já desativámos 13 camas covid e estamos a fazer uma avaliação dia a dia para ir desmantelando outras, mas temos de ser cautelosos porque ainda existe instabilidade", afirmou Elsa Baião à agência Lusa.

A capacidade de internamento para doentes infetados pela covid-19 baixou de 142 para 129 camas nos dois hospitais de Torres Vedras e Caldas da Rainha, à medida que foram sendo desocupadas.

Em meados de janeiro, com o aumento de casos de infeção de covid-19 na região, resultante sobretudo de surtos em lares da região, o CHO aumentou para 142 as camas nas enfermarias dedicadas à covid-19, número que não chegou a ser suficiente e obrigou a transferir doentes para outros hospitais.

Essas transferências ocorreram também por não existir no CHO uma Unidade de Cuidados Intensivos, que a administradora admitiu que "teria sido muito útil para haver uma resposta interna, sem haver necessidade de transferir doentes".

A redução do internamento para outros doentes foi possível por não haver cirurgias e essas camas cirúrgicas se encontrarem desocupadas.

No CHO, o internamento para doentes com covid-19 chegou a representar quase 60% da lotação total.

Em meados de janeiro, a afluência à urgência foi de 60 doentes por dia em Torres Vedras, onde houve dias em que se registou uma fila de mais de 10 ambulâncias à porta, quando hoje se situa em metade do número de atendimentos, adiantou a administradora.

Com a menor pressão dos serviços hospitalares por parte de doentes covid-19, o CHO abriu hoje no hospital de Peniche uma enfermaria não covid, com 20 camas, tendo iniciado a transferência de doentes.

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