Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, considera que a situação em Portugal “é grave” e que não devemos esperar um “alívio” no número de mortes no país, durante os próximos dias.
O médico de Saúde Pública que já devia ter sido criada capacidade de retaguarda para doentes que “não tenham critérios de gravidade”. O especialista lembrou ainda que, nos últimos dias, tem havido uma sobrecarga muito na linha de atendimento telefónica.
Os hospitais precisam de ajuda, não conseguem lidar com este problema. Precisam da nossa ajuda e de recursos”, frisou.
Em causa, acredita estar um atraso na aplicação de medidas restritivas após o período do Natal. O especialista aponta o dedo ao Governo, que considera ter deixado chegar a pandemia a um ponto de “crise” e, apenas nessa altura, ter decidido agir.
Bernardo Gomes deixou ainda o apelo a todas pessoas, sobretudo as que ainda têm de se deslocar para o trabalho, para terem uma especial atenção ao cumprimento das regras, uma vez que a sobrelotação dos hospitais afeta toda a gente, incluindo os doentes não covid.