Segunda Vaga: "Isolamento? Para quem esteve no Big Brother não custa nada" - TVI

Segunda Vaga: "Isolamento? Para quem esteve no Big Brother não custa nada"

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 30 nov 2020, 12:28

O programa da TVI24 analisou, esta segunda-feira, a atual situação epidémica em Portugal

Se mantiver as atuais restrições do estado de emergência, Portugal irá baixar drasticamente o número de mortes e de novos casos de contágio, a conclusão é do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças.

Paulo Paixão, presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, sublinhou que todos os dados que são conhecidos apontam para que, ao olhar para a curva epidémica, “vemos que já há uma tendência para descida”. Ainda assim, o especialista alerta que essa queda não se vai refletir imediatamente no número de internados.

Um virologista alemão alerta para a desvalorização dos sintomas mais leves da covid-19 e que podem muitas vezes ser considerados como uma simples constipação. Christian Drosten é um cientista de referência e assessor do governo alemão para a coivd-19.

Sobre se os possíveis impactos para as empresas em mandar para casa pessoas que têm apenas sintomas ligeiros, Paulo Paixão considera que é preferível enviar um trabalhador para casa do que “uma secção inteira”.

O especialista frisou que é fundamental utilizar os testes rápidos e testar ao máximo e o mais depressa possível o maior número de pessoas possível. No entanto, Paulo Paixão acredita ser “impensável” testar toda a gente.

É impensável testar mais de um milhão de alunos. Devemos testar em zonas específicas, como lares de terceira idade”, explicou.

O virologista explicou ainda porque motivo é que o desenvolvimento desta vacina foi tão rápido quando comparado a outras vacinas e a outros vírus, como o HIV. Paulo Paixão apontou para a taxa de mutação do vírus da SIDA como o grande culpado da inexistência de uma cura.

As novas vacinas que vão ser lançadas são do RNA, ou seja, mimetizam aquilo que acontece numa infeção natural”, frisou. “Não corremos quaisquer riscos.”

Liliana Henriques, concorrente do “Big Brother Revolução”, esteve infetada com a covid-19 e contou tudo sobre o seu contágio.

Eu não tive sintomas. Acabei o meu isolamento no dia 27 e já voltei à minha vida normal”, revelou. “Estive sozinha, isolada no quarto. Durante o dia, o meu marido e a minha mãe traziam-me as refeições necessárias. Para quem esteve no Big Brother não custa nada.”

Na "Hora da Verdade", uma parceria entre a TVI e o jornal de Observador que visa escrutinar a veracidade de algumas das teorias ou notícias que circulam entre os portugueses, analisámos a vacina chinesa contra a covid-19.

Uma publicação, muito difundida nas redes sociais, alerta que a vacina chinesa da Coronavac é mais mortal do que a pandemia de covid-19.

 O jornalista do Observador Pedro Raínho garante que esta informação, de acordo com a escala utilizada na “Hora da Verdade” é errada.

Já os professores revelaram muitas preocupações por serem incapazes de manter o distanciamento nas escolas. Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, afirmou que será mais fácil lidar com a situação nas escolas de forma “menos invasiva” assim que existirem mais dados sobre os contágios nas escolas.

Eu compreendo as queixas dos professores em escolas que tenham números elevados por turma e não tenham salas que permitam o distanciamento”, disse. “A pandemia não tem tolerância com fragilidades estruturais ou sistémicas.”

E uma das dúvidas mais recorrentes nos últimos tempos: é possível uma empresa negar trabalho a quem não se quiser vacinar?

Não há nenhuma indicação de que as empresas possam recusar quem não se quer vacinar”, revelou Telmo Semião, especialista jurídico. “É preciso ver se esta medida vai ou não contrariar a legislação do trabalho ou a própria constituição portuguesa.”

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