A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou este sábado um comunicado para garantir o "rigor e transparência" nos relatórios diários sobre a pandemia de covid-19.
Em nota enviada às redações, a DGS começa por frisar que "o sistema nacional de vigilância epidemiológica (SINAVE), que é utilizado para contabilizar os casos de covid-19, depende da notificação atempada pelos médicos e laboratórios que identificam os casos em todo o território nacional".
Estas notificações são "analisadas diariamente para garantir a validade dos dados de modo a suportar as intervenções em saúde pública. Todos os dias existe um processamento dos dados no sentido de agregar os dados clínicos e laboratoriais à mesma pessoa, confirmar o estado de doente covid-19 e identificar duplicados. Posteriormente estes dados são ainda sujeitos a um controlo de qualidade antes da publicação do relatório de situação epidemiológica", informa a DGS.
A nota termina frisando que a DGS tem-se pautado por "uma relação de rigor e transparência nos relatórios diários, comunicações, conferências e entrevistas", acrescentando ainda que o organismo "continua a apostar na inovação e sustentabilidade dos seus sistemas de informação e análise para fazer frente aos desafios das emergências de saúde pública".
Na sexta-feira, a ministra da Saúde referiu que 200 casos em Lisboa e Vale do Tejo se deviam à inclusão no boletim de dados não reportados nos últimos dias por um laboratório.
Este sábado, o jornal Expresso refere que profissionais de saúde e as autoridades no terreno têm apontado discrepâncias nos boletins epidemiológicos diários, destacando que há surtos que não são contabilizados nas estatísticas da DGS.
Portugal regista este sábado mais sete mortes e 413 novos casos de infeção por covid-19, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). O total de óbitos é, agora, de 1.605, sendo que já foram confirmados 43.569 contágios.
Mais 348 pessoas recuperaram da doença, num total de 28.772 doentes curados. O número de casos ativos é de 13.192.
O número de doentes internados voltou a descer (menos seis, com um total de 489), mas há mais um paciente em Cuidados Intensivos, num total de 73.