"Países com maior cobertura vacinal, têm menor transmissibilidade", diz especialista no Infarmed - TVI

"Países com maior cobertura vacinal, têm menor transmissibilidade", diz especialista no Infarmed

Centro Europeu recomenda duas doses a quem já teve covid-19

Baltazar Nunes explicou que regresso às aulas e das festividades do natal são fases a ter em atenção relativamente ao aumento do R(t)

O responsável pela Unidade de Investigação Epidemiológica do Instituto Ricardo Jorge, Baltazar Nunes, esteve presente na reunião do Infarmed para abordar o tema da transmissibilidade da covid-19, assim como a efetividade da vacina contra a doença e quais os possíveis cenários que podem ser esperados para o outono - inverno.

"Os resultados são altamente consistentes, mostrando uma alteração do R(t). Nunca tivemos o R tão baixo sem medidas de restrição elevadas", começou por dizer o especialista, mostrando posteriormente um gráfico relativamente à cobertura vacinal em vários países.

 

"Este gráfico mostra a cobertura vacinal. O que verificamos é que os países com maior cobertura vacinal, têm menor transmissibilidade".

O especialista apontou que, entre duas semanas a 30 dias, Portugal registe uma incidência de 60 casos por 100 mil habitantes em todas as regiões do País, à exceção do Algarve.

Cenários da evolução da covid-19 para o inverno

Baltazar Nunes explicou que há dois momentos chave a ter em conta e que podem levar ao aumento do R(t), tal como se registou no ano passado.

"Houve um aumento do R nesta altura: a fase de regresso à escola e ao trabalho e uma outra na fase do natal e passagem de ano", disse.

 

O especialista avançou que há um cenário onde se verificaria que a imunidade duraria cerca de 3 anos, um outro cenário com a imunidade a durar cerca de um ano e ainda um terceiro cenário onde surgiria uma nova variante que implicasse a perda da efetividade da vacina.

Baltazar Nunes reforçou que no outono-inverno é uma altura mais complicada uma vez que há outros vírus respiratórios a circular, havendo a necessidade de serem monitorizados, assim como temperaturas mais baixas. 

Continue a ler esta notícia