O bispo de Viseu, Dom Ilídio Leandro, diz que o uso do preservativo por doentes com SIDA não só é aconselhável como eticamente obrigatório, segundo informações recolhidas pela TVI.
«Quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa. Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório», explica o bispo em nota pastoral.
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Dom Ilídio Leandro diz que tal posição não contraria as orientações do Papa Bento XVI, quando na sua visita a África afirmou que o uso do preservativo não é uma solução para o problema da SIDA, alega apenas que esta posição apenas se trata de um princípio geral.
«A chamada "lei da gradualidade" explica que, existindo a lei geral a afirmar, a exigir e a promover valores, eles não esmagam a pessoa concreta, em situações muito individuais», explica o bispo de Viseu.
Segundo esta entidade, o Papa tem que ser exigente e estar acima dos casos específicos.
Interpretação errada das declarações de Bento XVI
Já D. José Saraiva Martins, conselheiro do Papa no Vaticano, disse esta sexta-feira que as «palavras de Bento XVI exprimiram apenas o pensamento da Igreja».
O Cardeal considera que houve uma «interpretação inadequada e injusta» das declarações do Papa sobre o uso do preservativo.
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D. José Saraiva Martins afirma que tais princípios são, de acordo com a Igreja, para bem do Homem, assegurando que «a Igreja sempre defendeu esses princípio e não pode deixar de os defender».
Bispo de Viseu defende uso de preservativo
- Redação
- TG
- 28 mar 2009, 14:37
D. Ilídio Leandro afirma a obrigatoriedade do uso do preservativo em doentes com SIDA
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