TAP: passageiros em lágrimas na chegada a casa - TVI

TAP: passageiros em lágrimas na chegada a casa

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Avião da companhia aérea portuguesa teve uma paragem de emergência depois de detectado uma avaria no voo Rio de Janeiro - Lisboa. Passageiros não ganharam para o susto

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Lágrimas, sorrisos e abraços marcaram este domingo a chegada a Lisboa da maioria dos passageiros provenientes do voo TAP 2156, que no sábado teve que aterrar de emergência em Salvador da Baía, Brasil, na sequência de problemas técnicos detectados no reactor do avião.

Teresa Martin, uma das 227 pessoas que viajaram no voo proveniente do Rio de Janeiro com destino a Lisboa que no sábado aterrou em Salvador da Baía perto da 01:00 (hora local) disse estar agora «aliviada» por voltar a terra depois da experiência «única e terrível» que viveu e que não quer repetir, disse à agência Lusa.

«Foi uma situação muito perigosa ainda que na altura não nos tivéssemos apercebido disso. Só depois de termos visto tanta ambulância e bombeiros, a pista de Salvador coberta de branco e de a tripulação nos ter dito já depois de tudo passado que o problema tinha sido muito grave é que percebemos que tínhamos vivido uma situação muito perigosa», disse aos jornalistas à chegada hoje, pouco depois das 11:00, ao aeroporto de Lisboa onde era aguardada pela filha.

Teresa Martin contou que o jantar estava a ser servido no voo TP186 quando alguns passageiros se aperceberam de fumo proveniente da classe executiva o que fez com que a população começasse a ficar «muito nervosa» e a começar a afastar malas e cobertores para ver se descobriam de onde vinha o fumo.

«Excepto uma comissária mais novinha que tinha os olhos lacrimejantes toda a tripulação se portou com muita calma e tranquilizou os passageiros, incluindo o comandante que disse aos passageiros que a turbina número dois, do lado direito do avião estava a derramar óleo, pelo que tinham que aterrar de emergência em Salvador da Baía», relatou à Lusa.

O pior mesmo, segundo o testemunho desta passageira, corroborado por todos os ouvidos pela Lusa, passou-se já em pleno aeroporto de Salvador onde os passageiros estiveram até depois das 06:00 até que fossem transferidos para um hotel sem que ninguém da TAP os informasse do que se estava a passar.

Aí é que foi o pior - contou - acrescentando ter havido pessoas que quase chegaram a envolver-se em confrontos físicos por não terem sido elucidados de nada.

«Via-se que o aeroporto de Salvador não estava preparado para aquela aterragem de emergência, mas tudo correu bem devido à calma da tripulação e do piloto que depois de ter feito a aterragem foi saudado com palmas por todos os passageiros», acrescentou Teresa Martin.

«Havia muitos idosos, pessoas com deficiência, crianças e nós fomos completamente abandonados pela companhia que tínhamos contratado para nos prestar um serviço», disse Manuel, outro dos passageiros.

Patrícia Menezes, uma jovem assistente social não escondia as lágrimas que lhe escorriam do rosto enquanto abraçava os familiares e amigos que a aguardava, segundo descreve a agência noticiosa.

«Foi um grande susto e fiquei muito apreensiva, mas já passou e chegámos bem», disse, acrescentando ter ouvido «ruídos estranhos» no avião que partiu do Rio de Janeiro.

Questionada pela agência Lusa sobre as causas da avaria no voo TP186, a porta-voz da TAP, Carina Correu, afirmou que é preciso esperar pelos «relatórios técnicos» para obter mais pormenores sobre a avaria no reactor bem como sobre o que se passou a bordo.

Por outro lado, indicou que a companhia «assegurou» os voos de ligação aos passageiros que tinham como destino final outras cidades, após uma «reprogramação».
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