Coadoção é «uma vitória dos direitos humanos», diz ILGA - TVI

Coadoção é «uma vitória dos direitos humanos», diz ILGA

Parlamento aprova projeto de lei com 99 votos a favor, 94 contra e nove abstenções

O presidente da Associação ILGA-Portugal, Paulo Corte-Real, considerou esta sexta-feira «uma vitória dos direitos humanos» a aprovação na generalidade da co-adoção de crianças por casais homossexuais, avançando que esta questão é «fulcral» para a vida destas famílias.

«É uma vitória dos direitos humanos, das crianças e das famílias», disse à agência Lusa o líder da Associação ILGA-Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Trangénero.

Paulo Corte-Real reagia à aprovação na generalidade, hoje no parlamento, do projeto de lei do PS para que os homossexuais possam coadotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto.

Este projeto de lei teve 99 votos a favor, 94 contra e nove abstenções.

O presidente da ILGA sublinhou também que esta aprovação «é a demonstração de que o interesse das crianças e o respeito pelos direitos humanos se pode sobrepor aos preconceitos».

Para Paulo Corte-Real, trata-se de «um passo que tinha que ser dado» para proteger «o superior interesse destas crianças e famílias e pelo respeito dos direitos humanos».

A co-adoção por casais do mesmo sexo diz «respeito à proteção de crianças que já existem, à garantia de que terão direito ao reconhecimento das suas figuras parentais a todos os níveis, na saúde, na educação e em caso de eventual morte da única pessoa que era legalmente reconhecida», afirmou.

Sublinhando que esta questão é «fundamental e fulcral para a vida destas crianças e famílias», recordou que Portugal já tinha sido apontado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos como estando em violação.

«Portugal hoje dá o exemplo de respeito pelos direitos humanos a nível mundial em relação a esta questão», sustentou, lamentando que tenha ainda existido deputados que não tenham «aparentemente informação suficiente para que não tenham sobreposto o interesse destas crianças à sua visão do mundo».
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