Citius: diretora do DIAP testemunha na queixa contra ministra da Justiça - TVI

Citius: diretora do DIAP testemunha na queixa contra ministra da Justiça

Maria José Morgado

Maria José Morgado vai ser testemunha no inquérito movido pelos dois técnicos ilibados da suspeita de sabotagem da plataforma Citius. Por este motivo, o inquérito foi transferido para a comarca Lisboa Norte

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O inquérito por denúncia caluniosa de dois ex-funcionários do instituto que gere a plataforma informática Citius contra a ministra da Justiça transitou para a comarca Lisboa Norte, porque a diretora do DIAP de Lisboa é testemunha no processo.

Em resposta à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República indicou que a queixa de Paulo Queirós e Hugo Tavares, contra a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, deu entrada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, tendo o inquérito sido remetido para a comarca Lisboa Norte, dado que a diretora daquele departamento, Maria José Morgado, é indicada como testemunha.

«Estes factos levaram a diretora do DIAP de Lisboa a suscitar, perante a procuradora-geral distrital de Lisboa um pedido de escusa e impedimento, propondo a redistribuição do processo ao Ministério Público da comarca mais próxima», refere a resposta da PGR.

A procuradora-geral distrital de Lisboa determinou remeter o inquérito para a comarca de Lisboa Norte, por ser a que tem sede mais próxima.

A participação contra Paula Teixeira da Cruz faz referência a um relatório do Instituto de Gestão Financeira e Estruturas da Justiça (IGFEJ), na qual Maria José Morgado é mencionada, sendo também indicada como testemunha.

Os dois ex-técnicos do sistema informático Citius, que foram ilibados da suspeita de sabotagem daquela plataforma, apresentaram queixa por denúncia caluniosa, num caso que envolve a ministra da Justiça.

No decorrer do processo sobre as falhas do sistema Citius, no arranque do novo mapa judiciário, Hugo Tavares e Paulo Queirós tiveram de cessar funções no IGFEJ.

Após o "crash" do Citius e da elaboração de um relatório da direção do IGFEJ sobre as falhas do sistema, o Ministério da Justiça enviou um documento para o Ministério Público, que abriu um inquérito-crime por suspeitas de sabotagem agravada.

A investigação foi rapidamente concluída e arquivada, sem que tivesse sido deduzida acusação contra Hugo Tavares e Paulo Queirós.
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