Pereira Cristóvão e ex-polícias acusados de associação criminosa - TVI

Pereira Cristóvão e ex-polícias acusados de associação criminosa

Paulo Pereira Cristóvão vai aguardar julgamento em prisão preventiva

Ministério Público deduziu acusação contra 18 arguidos. Em causa estão os crimes de associação criminosa, roubo qualificado, sequestro, posse e detenção de arma proibida, abuso de poder, violação de domicílio por funcionário e falsificação de documento

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O Ministério Público deduziu acusação contra 18 arguidos, entre eles o ex-inspetor da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão e três agentes da PSP, pela prática de associação criminosa e outros crimes, divulgou hoje a Procuradoria-Geral da República.

De acordo com uma nota publicada hoje na página do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o Ministério Público (MP) no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), deduziu acusação contra 18 pessoas pela prática dos crimes de associação criminosa, roubo qualificado, sequestro, posse e detenção de arma proibida, abuso de poder, violação de domicílio por funcionário e falsificação de documento.

Na acusação, é referido que os arguidos "atuaram de forma organizada e continuada no tempo, planearam e executaram assaltos na zona de Lisboa e margem sul".
 

“As vítimas escolhidas eram, nomeadamente, comerciantes e pessoas em relação às quais recolhiam informação que indiciava que pudessem ter na sua posse grandes quantidades de dinheiro ou bens de grande valor”, é relatado na nota da PGR.


Na nota da PGR, é referido que sob a liderança do ex-inspetor da PJ, dois outros arguidos e os três agentes da PSP, em efetividade de funções, recolhiam informações e decidiam quais as pessoas e locais a assaltar pelo grupo.
 

“Depois, eram transmitidas aos restantes elementos, que compunham a vertente operacional do grupo, as informações necessárias para que pudesse ser reunida a logística necessária à execução dos assaltos indicados”, é salientado.


De acordo com a nota da PGR, durante os assaltos, "os arguidos simulavam ser agentes policiais que realizavam buscas domiciliárias, apresentando documentos identificados como mandados de buscas, que tinham sido previamente elaborados/falsificados por um dos agentes da PSP".

Dos dezoito arguidos acusados, 10 encontram-se sujeitos a medidas de coação de natureza detentiva, dois na situação de prisão preventiva e os outros oito sujeitos à medida de obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica, como é atualmente o caso de Pereira Cristóvão.

O antigo inspetor da PJ foi detido, em março passado, por suspeitas de associação criminosa, sequestro e roubo, de acordo com fontes policiais. A detenção ocorreu no âmbito de uma investigação que, em julho de 2014, já tinha levado à detenção de 12 pessoas, incluindo três polícias, por sequestro, roubo e usurpação de funções.

O grupo foi desmantelado por elementos da Unidade Nacional Contra o Terrorismo (UNCT) da PJ, por indícios de associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.

Paralelamente, o antigo vice-presidente do Sporting está a ser julgado no caso que envolve o árbitro auxiliar José Cardinal, estando acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais, peculato, devassa por meio informático, acesso ilegítimo e denúncia caluniosa agravada.

A 24 de junho último, o antigo inspetor da PJ e ex-vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão viu alterada a medida de coação de prisão preventiva para obrigação de permanência na residência com pulseira eletrónica
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