Moreira responde a Rosa Mota e diz que Porto ficou conhecido "devido ao Vinho do Porto" - TVI

Moreira responde a Rosa Mota e diz que Porto ficou conhecido "devido ao Vinho do Porto"

  • CM
  • 28 out 2019, 17:27

Antiga campeã olímpica não gostou de ver o seu nome em segundo plano no antigo Palácio de Cristal, agora denominado Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, e faltou à reinauguração do espaço. Também Marcelo faltou à cerimónia

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, passou praticamente ao lado da polémica sobre a nova denominação do pavilhão Rosa Mota, na inauguração do espaço a que faltaram a antiga campeã olímpica, o Presidente da República e os vereadores da oposição.

Na única vez que falou sobre o assunto, no decurso da sua intervenção na cerimónia protocolar que decorreu no auditório do centro de congressos, Rui Moreira recuperou a relação histórica da cidade com o vinho.

Não me venham com complexos por haver um nome associado a bebidas alcoólicas [na nova denominação do pavilhão que passou a chamar-se Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota]”, argumentou o autarca, enfatizando o facto de antes de haver um Porto conhecido pelo desporto e pela cultura, “já o era devido ao Vinho do Porto”.

E, de seguida, deu o assunto por terminado. 

Hoje não é dia de queixas, mas de estarmos muito satisfeitos”, sublinhou.

 

Segundo a TSF, numa carta dirigida à Câmara do Porto, Rosa Mota diz sentir-se enganada e alega que o seu nome foi subalternizado para ser dado destaque a uma marca de bebidas alcoólicas: "Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota"

Na reunião do executivo desta manhã, Rui Moreira afirmava que considerava que o "incómodo" existente com a nova denominação é com o logótipo, sublinhando que autarquia não tem meios, nem recursos para se opor.

Na altura, o presidente referiu que a atleta manteve reuniões com a Super Bock, as quais a autarquia foi alheia, uma vez que o contrato que existe é com o concessionário.

O independente sublinhou ainda que a proposta do nome fazia parte do caderno de encargos, pelo que era legítimo ao concessionário propor a sua alteração, e lembrou que a primeira designação proposta foi recusada porque fazia desaparecer o nome "Pavilhão Rosa Mota".

Resultado de um investimento de mais de oito milhões de euros, o novo espaço, que demorou dois anos a ser renovado, tem “capacidade para acolher até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais”, refere a nota de imprensa distribuída.

A arena tem capacidade para 5.500 lugares sentados tendo, ainda, segunda a informação disponibilizada, sido adotadas medidas sustentáveis como a “refrigeração natural das máquinas de controlo de temperatura recorrendo à água do lado dos jardins” anexos e que permitirá “reduzir os consumos energéticos e gastos em água em cerca de 40%”.

O duplo concerto da banda “Ornatos Violeta”, na quinta-feira e sexta-feira, marca a abertura do novo espaço, para o qual estão agendados também o projeto “Amar Amália” (16 de novembro), “Lisbon Film Orchestra” (8 de dezembro), Rui Veloso (14 de dezembro) ou “Carmina Burana” (28 de dezembro).

Batalha pelo nome do pavilhão "vai durar vários anos"

O ex-treinador e companheiro de Rosa Mota disse hoje estar a preparar-se para "uma batalha que vai durante vários anos" pela defesa do nome do Pavilhão Rosa Mota, hoje inaugurado sob a designação de Super Bock Arena.

O desabafo que faço é que estou a preparar-me para uma batalha que vai durar vários anos", afirmou em declarações à Lusa, José Pedroso, que se escusou a tecer qualquer outra declaração.

 

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