No hospital D. Estefânia também se pode ir à escola - TVI

No hospital D. Estefânia também se pode ir à escola

  • CM
  • 19 jun 2018, 19:11

O Hospital Pediátrico Dona Estefânia, em Lisboa, tem uma escola primária oficial com duas professoras que diariamente ensinam as crianças internadas e até conseguem fazê-las esquecer que estão doentes e confinadas a uma enfermaria. A funcionar desde 1926, muitas crianças aprenderam ali a ler e a escrever. Isabel Almeida, uma das professoras, vivenciou essa experiência. “Houve uma criança que esteve aqui três ou quatro meses e chegou sem saber ler e, no final, a mãe dizia-me ´Oh professora, valeu a pena. Esteve doente mas saiu daqui a saber ler e a escrever”, recorda, em entrevista à Lusa. Contudo, nem todos os dias são fáceis. Trabalhar numa escola onde os alunos estão doentes é um desafio profissional e psicológico. “A experiência foi chocante. Nos primeiros 15 dias, fui todos os dias para casa a chorar”, diz Isabel Almeida ao lembrar os primeiros tempos na Escola Dona Estefânia, há onze anos. Os alunos que não se podem deslocar à escola por questões de saúde, têm aulas no quarto ou numa das salas da enfermaria. Para saberem que matérias devem ensinar às crianças, as professoras do Dona Estefânia contactam as docentes da escola de origem destes miúdos. Alguns professores disponibilizam-se mesmo para fazer uma ligação por ‘skype’ para que as crianças do hospital pediátrico possam conversar com os colegas e assistir às aulas. Nesses momentos, as professoras acreditam que os meninos conseguem “sair do hospital” e viver uma vida normal.

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