Ministro: reforma da saúde militar foi adiada muito tempo - TVI

Ministro: reforma da saúde militar foi adiada muito tempo

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Aguiar-Branco disse que é tempo de avançar com este processo

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O ministro da Defesa afirmou esta quinta-feira que é tempo de avançar com a reforma da saúde militar, considerando que este processo foi «adiado demasiado tempo» e que se anda «há 36 anos» a debater soluções, noticia a Lusa.

As palavras de José Pedro Aguiar-Branco foram proferidas numa intervenção durante a cerimónia de tomada de posse do Conselho da Saúde Militar (COSM), que teve lugar no Salão Nobre do ministério da Defesa e onde estiveram os quatro chefes militares.

«Há 36 anos, repito, há 36 anos que discutimos a reforma da saúde militar, há 36 anos que utilizamos as mesmas frases, as mesmas ideias, os mesmos diagnósticos para justificar a necessidade de concretizar uma reestruturação que todos consideram importante. E, mesmo assim, há 36 anos que pouco ou nada se avançou quanto a esta matéria», disse, em tom crítico, o governante.

Para Pedro Aguiar-Branco, «há um tempo para diagnósticos, há um tempo para discussões e há um tempo para fazer», vincando que no seu mandato não haverá lugar para «adiar problemas, fingir que não existem ou esperar que se resolvam sozinhos».

«Não e essa a minha forma de estar ou actuar», disse o ministro da defesa.

«A reforma da saúde militar é uma oportunidade, uma oportunidade para garantir uma melhor prestação nos cuidados de saúde, uma oportunidade para garantir, também, uma gestão funcional e uma melhor optimização de meios disponíveis», reforçou o governante.

Aguiar-Branco adiantou que «nas próximas semanas» será conhecida a comissão instaladora do futuro Hospital das Forças Armadas (HFA), para que este possa funcionar «tão rápido quanto possível».

O ministro acrescentou que este será «o primeiro passo para se proceder a uma reforma mais profunda do sistema de saúde militar, uma reforma que garanta a qualidade dos serviços e uma reforma que garanta, acima de tudo, os interesses da instituição e o envolvimento de todos os ramos das Forças Armadas».

«Vivemos hoje um momento único, um momento como nenhum outro na nossa história para se fazer reformas que o pais necessita e que adiamos há demasiado tempo. Foi esse compromisso que assumimos com os portugueses e é esse o compromisso que os portugueses não perdoariam que falhássemos», disse.

Já aos jornalistas, José Pedro Aguiar-Branco lembrou que «no tempo do Conselho da Revolução já se falava na necessidade da reforma da saúde militar».

«Agora é o tempo de fazer e não de continuar a diagnosticar as razões pelas quais deve ser feita», concluiu, sem querer apontar quem foram os responsáveis por tanto tempo sem avanços na reforma da saúde militar.
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