Médico do suspeito dos crimes de Aguiar da Beira pede para que ele se entregue - TVI

Médico do suspeito dos crimes de Aguiar da Beira pede para que ele se entregue

Vítor Brandão, médico de Pedro Dias e da família há cerca de 35 anos, afirmou “conhecer muito bem” o suspeito e diz que este nunca deu indícios "ao longo desses anos todos, que permita classificá-lo como uma pessoa de mente alterada"

O médico de família do suspeito dos crimes de Aguiar da Beira disse, este domingo, que o presumível homicida não é psicopata e apelou para que se entregue “o mais depressa possível”, numa conferência de imprensa em Arouca.

Vítor Brandão, médico de Pedro Dias e da família há cerca de 35 anos, afirmou “conhecer muito bem” o suspeito, frisando: “Não tenho nenhum indício, ao longo desses anos todos, que me permita classificá-lo como uma pessoa de mente alterada ou, conforme os termos que se ouvem nas televisões – como um psicopata”.

Nunca manifestou um discurso incoerente, todas as vezes que me procurou, era para consultas de rotina, revelando sempre uma vontade de preservar a sua saúde e de preocupar-se com ela, o que não acontece com um psicopata”, observou o clínico.

Inquirido pelos jornalistas sobre se tem falado com a família do suspeito nos últimos dias, Vítor Brandão respondeu que “é óbvio que a família não acredita” que ele seja o culpado, “mas todos nós sabemos que nós, seres humanos, todos temos um perfil psicopata, no fundo”.

Ou seja, cometemos pequenos erros ao longo da vida que, analisados à luz daquilo que se passou, saímos logo rotulados para toda a vida em relação a isso”, acrescentou.

Sobre o facto de Pedro Dias estar em fuga desde terça-feira o médico disse “não conseguir entender esta postura” e querer “fazer um apelo ao Pedro”.

O Pedro pode estar assustado com tudo isto – que deve estar, eu estaria – mas o apelo que eu fazia, e por isso é que estou a falar convosco e espero que ele me ouça ou me veja em qualquer jornal, é que, pela amizade que eu tenho por ele, que apareça, que se entregue o mais depressa possível”, declarou.

“Eu não quero crer que as autoridades o queiram ver morto, ele que apareça, que vá ter com a pessoa em quem mais confia que o leve às autoridades, para que acabe com o sofrimento da família, que é das mais nobres de Arouca”, concluiu.

Um militar e um civil foram assassinados a tiro na manhã de 11 de outubro em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.

Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.

O presumível homicida encontra-se, desde então, em fuga, apesar das operações policiais em curso para o capturar.

Este domingo, a GNR informou que a viatura que terá sido furtada esta tarde pelo suspeito dos crimes de Aguiar da Beira foi avistada em Vila Real, a pouco mais de cem quilómetros do local onde ocorrera o furto do veículo.

Horas antes, a GNR afirmara que um homem, que tudo indica ser o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, tinha sequestrado um casal de idosos numa residência em Moldes, Arouca (distrito de Aveiro) e roubara a viatura de um deles, pondo-se em fuga.

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