O Bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, defendeu, esta quarta-feira, a criação de um grande hospital na zona ocidental de Lisboa, mas condenou a junção do Hospital Egas Moniz a essa unidade hospitalar. Pedro Nunes considerou que o Egas Moniz deve juntar-se ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical, «até pela proximidade física de ambas as instalações», e formar «um único hospital para África», que possa servir inclusive os portugueses a trabalhar agora no continente africano.
Pedro Nunes esteve na Comissão da Saúde, no Parlamento, onde defendeu que se «estabilizem» as vagas dos cursos de medicina. O bastonário da Ordem dos Médicos alertou para o perigo de se virem a defraudar expectativas de jovens médicos, que depois não se poderão especializar. Diante dos deputados, o responsável alertou mesmo para poder haver problemas éticos, gerados por «médicos desempregados ou subempregados».
Para Pedro Nunes, «a carência de médicos tem de ser resolvida com os médicos que existem e com a organização do sistema». «Não é uma questão de corporativismo, mas uma questão de bom senso», garantiu o bastonário.
«É escusado formar médicos se não se lhes der a oportunidade de se diferenciarem», repetiu, sublinhando que duvida que o país tenha dinheiro para «um serviço que, em vez de 30 mil médicos tenha 50 mil, daqui a 10 anos»
Pedro Nunes desdramatizou a questão da transferência de médicos do sector público para o privado, considerando não ser «um problema tão grave como se pode imaginar».
Bastonário dos Médicos defende hospital de doenças tropicais
- Redação
- Manuela Micael
- 20 jan 2010, 14:38
Pedro Nunes considera que o Egas Moniz se devia unir ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical e formar uma única instituição especializada
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