Mais de 1.200 animais assistidos por causa dos incêndios - TVI

Mais de 1.200 animais assistidos por causa dos incêndios

  • VC
  • 28 jun 2017, 18:32
Incêndio em Pedrógão Grande

Morreram várias centenas de animais durante o incêndio que fustigou Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos. Daqueles que sobreviveram, muitos precisam de cuidados

Já tiveram de ser assistidos ou medicados, por voluntários, mais de 1.200 animais de explorações afetadas pelos incêndios de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos foram já assistidos ou medicados.

O balanço é da Cooperativa Agro-Pecuária do Sudoeste Beirão que refere, em comunicado, que para além das 64 pessoas que morreram e dos mais de 200 feridos, os fogos atingiram “outros bens materiais e animais, deixando muitas pessoas sem qualquer meio de subsistência”.

Para além dos bens materiais e dos animais que morreram (estima-se cerca de 1.200), ficaram cerca de 2.500 animais, na sua maioria pequenos ruminantes (ovinos e caprinos), feridos e carentes de cuidados médicos capazes de os salvar ou de lhes diminuir o sofrimento provocado pelos ferimentos causados pelo fogo".

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Nesse âmbito, a cooperativa “desde o primeiro momento se empenhou, num gesto solidário, em levar a cabo esta tarefa gigantesca de, num cenário dantesco, ajudar todos aqueles que, dentro das possibilidades, puder”.

Graças aos veterinários que voluntariamente se reuniram à cooperativa e também à Direção Regional da Ordem dos Médicos Veterinários do Centro, que facultou “todos os medicamentos necessários”, foram visitadas até terça-feira cerca de 350 explorações.

Foram acompanhados e/ou medicados cerca de 1.200 animais que, mesmo depois desta primeira intervenção, continuarão por um longo período de tempo carentes de cuidados médicos e de vigilância”.

Há donativos, mas é preciso mais

Através de donativos que tem recebido, a cooperativa conseguiu reunir “cerca de 80 toneladas de ração e 50 toneladas de feno, fenossilagem e palha enfardada” que, através de pontos de distribuição criados, conseguiram “satisfazer as primeiras necessidades dos animais atingidos”.

“De forma a garantir que as primeiras necessidades chegarão a todos e a evitar apropriações excessivas, foi criado o critério de distribuição (para ovinos e caprinos) de 500 gramas de ração e dois quilos de feno/animal/dia, por um período máximo de cinco dias de cada vez”, explica.

A cooperativa agradece a generosidade da Ordem dos Médicos Veterinários, de empresas produtoras e distribuidoras de alimentos compostos para animais, de cooperativas, associações e federações e de pessoas singulares que permitiu, “até agora, satisfazer as necessidades sentidas”.

No entanto, e como só na próxima primavera poderá haver pastagens disponíveis, estimamos que serão necessárias cerca de 1.350 toneladas de feno e 400 toneladas de ração para colmatar as necessidades ao longo deste período de tempo”.

Por isso, a cooperativa continuará a tentar conseguir alimentos e outras ajudas, lamentando que, até hoje, não tenha recebido “qualquer contacto de apoio por parte do Governo, nomeadamente do Ministério da Agricultura”.

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