Combustão em mina de Castelo de Paiva “não representa alarme” - TVI

Combustão em mina de Castelo de Paiva “não representa alarme”

  • SS
  • 16 jan 2018, 07:32
Castelo de Paiva

A combustão que se observa desde outubro foi provocada pelo grande incêndio que lavrou no concelho de Castelo de Paiva, o que tem suscitado manifestações de preocupação dos autarcas locais

A empresa EDM comunicou esta terça-feira que a combustão de resíduos das antigas minas do Pejão, em Castelo e Paiva, que ocorre desde outubro, "não representa no imediato um motivo de alarme para a população".

Apesar de considerar que esta situação não representa no imediato um motivo para alarme para a população, a EDM esclarece que procedeu à colocação no local de uma estação de monitorização de qualidade do ar de forma a assegurar a medição de monóxido de carbono, óxidos de azoto, dióxido de enxofre e partículas no sentido de clarificar os impactes nas populações localizadas na envolvente", lê-se num comunicado enviado à Lusa.

A Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) é responsável pela "caracterização e recuperação ambiental das áreas mineiras degradadas e sua monitorização, no âmbito do contrato de concessão atribuído pelo Estado Português.

A combustão que se observa desde outubro foi provocada pelo grande incêndio que lavrou no concelho de Castelo de Paiva, o que tem suscitado manifestações de preocupação dos autarcas locais.

Na sexta-feira, técnicos da empresa estiveram no local para avaliar a situação, acompanhados de autarcas de Castelo de Paiva, o que permitiu recolher dados para ser iniciado um estudo, hoje anunciado, que permita determinar a solução técnica para o problema.

Em resultado desta visita, a EDM verificou que os focos de combustão se encontram limitados a materiais depositados em escombreiras, não existindo evidência de que se tenham propagado às jazidas de carvão que não foram exploradas no subsolo", esclarece-se no comunicado.

A empresa acrescenta que "a combustão lenta de materiais carboníferos depositados em escombreiras é responsável pela emissão dos gases de combustão do carvão que se tornaram mais intensos com as chuvas, em resultado do acréscimo de evaporação de água da precipitação em contacto com os focos de combustão".

Apesar de os focos de combustão se localizarem em terrenos privados, acrescenta a EDM, "procedeu-se à colocação de vedações provisórias nas áreas que não estavam vedadas de modo a garantir a segurança".

"São medidas urgentes e necessárias para avaliar os efeitos nas populações dos focos de combustão e prevenir acidentes nas zonas afetadas, enquanto decorre o estudo da solução técnica para numa primeira fase proceder à extinção dos focos de combustão e posteriormente proceder aos ajustamentos necessários nas escombreiras no sentido de evitar novas ocorrências no futuro", informa a empresa.

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