Advogado de Bárbara Guimarães pede prisão efetiva para Carrilho - TVI

Advogado de Bárbara Guimarães pede prisão efetiva para Carrilho

  • 27 nov 2017, 16:19
Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho conheceram a decisão do tribunal

Pedro Reis argumenta que foi provado o crime de violência doméstica e vários crimes de difamação. Advogado de Carrilho diz que história de agressões "é patética e está mal contada" e pede absolvição

O advogado de Bárbara Guimarães pediu hoje uma pena efetiva de prisão de três anos e 10 meses para ex-ministro Manuel Maria Carrilho. Pedro Reis agumenta que foi provado o crime de violência doméstica e vários crimes de difamação.

Em mais de três horas de alegações, o advogado disse que Carrilho “exerceu várias vezes pressão física e psicológica” contra a ex-mulher, com o intuito de a “humilhar e rebaixar publicamente, provocando-lhe danos psicológicos irreparáveis”, nomeadamente entre outubro e dezembro de 2013.

Para o advogado, Manuel Maria Carrilho tem uma “personalidade complexa” e é “narcísico, vaidoso, egocêntrico, inseguro”. agredido física e psicologicamente Bárbara Guimarães desde que, em janeiro de 2013, soube que a apresentadora queria o divórcio.

Toda a prova é consistente, credível e os factos foram todos provados ao longo de quase dois anos de julgamento. O agressor tentou sempre disfarçar as ofensas físicas e verbais cometidas”. 

A vítima, fisse, durante algum tempo tentou esconder as “agressões por vergonha e medo”.

Bárbara Guimarães não é bêbada, drogada, louca ou irresponsável como foi apelidada pelo agressor para manchar de forma incomensurável a sua imagem pública, provocando-lhe danos morais irreversíveis”.

O advogado considerou mesmo que as ofensas públicas “que demoraram mais de três meses” são “mais graves que uma chapada ou um pontapé porque têm um efeito demolidor”.

Estes foram alguns dos muitos argumentos, escudados em vários depoimentos de testemunhas e em perícias forenses, que Pedro Reis utilizou para pedir uma pena de prisão efetiva de três anos e 10 meses para o arguido, alegando que a pena não pode ser suspensa porque “o arguido não está inserido socialmente, não sente arrependimento e tem total incapacidade de interiorizar a ilicitude dos seus atos”.

Como pena acessória, o advogado quer que o tribunal impeça Manuel Maria Carrilho de se aproximar da ex-mulher e que o obrigue a cumprir um programa de reabilitação de agressores de violência doméstica.

Na primeira sessão de alegações, o Ministério Público tinha pedido três anos e quatro meses de pena suspensa para Carrilho, também dando como provado o crime de violência doméstica de que vem acusado.

Num outro processo que envolve o ex-casal, a 31 de outubro, o tribunal condenou Manuel Maria Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica, entre outros crimes cometidos contra a apresentadora de televisão em 2014 a quem terá de pagar 50 mil euros.

Advogado de Carrilho fala em "história patética"

A defesa de Manuel Maria Carrilho pediu hoje a absolvição do seu cliente no processo em que está acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, Bárbara Guimarães, por as acusações serem uma “história patética e muito mal contada”.

Bárbara Guimarães não tem credibilidade, nem coerência e tudo o que afirmou é inverosímil”, começou por afirmar Paulo Sá e Cunha, que durante três horas e meia tentou desmontar os argumentos apresentados pela acusação do Ministério Público e pelo defensor da apresentadora, em relação aos episódios de alegadas agressões relatados ao longo de quase dois anos de julgamento.

Para o advogado de Carrilho, em tribunal, Bárbara Guimarães contou uma “história patética, um folclore, através de relatos que parece não terem sido vivenciados e que têm muitas incongruências”, descrevendo a assistente como “uma diva, uma pessoa com grande auto-estima”, ao contrário da fragilidade motivada pelo medo e pela vergonha defendidos pela acusação.

Não houve violência doméstica, não houve ameaças. Houve um quadro de progressiva degradação do casal. O divórcio [em dezembro de 2013] não teve nada a ver com agressões, violência ou insultos”, disse Paulo Sá e Cunha assumindo, contudo, que o seu cliente é “frontal e conflituoso” e que disse “algumas coisas que não devia”.

Para o advogado, o julgamento foi muitas vezes uma “realidade virtual”, na qual “a acusação pintou um quadro de perigoso criminoso e da coitadinha vítima”, mas que o argumento “que não adere à realidade, pelo contrário”.

Sobre o facto de Manuel Maria Carrilho expor a vida do casal nas revistas algumas vezes com palavras menos simpáticas em relação à sua ex-mulher, e à relação do casal, o causídico acusou Bárbara Guimarães de ser a primeira a fazê-lo através de uma notícia do jornal Expresso de 17 de outubro de 2013 sob o título “Carrilho com queixa por agressão no DIAP”.

É a prova de que faz cair a máscara de silêncio de Bárbara Guimarães, a beata”, disse o advogado.

Apesar de não subscrever algumas reações de Manuel Maria Carrilho à data dos factos [finais de 2013], Paulo Sá e Cunha explicou que o arguido se descontrolou quando Bárbara Guimarães mudou a fechadura de casa e disse coisas sem pensar, tendo passado por um período muito conturbado, sentindo um “desnorte emocional absoluto”.

Depois de uma longa explanação, o advogado pediu ao tribunal singular a “total absolvição pelos crimes de que o arguido está acusado” por considerar que não ficou provada a acusação de violência doméstica nem difamação.

Da parte da manhã o advogado de Bárbara Guimarães pediu a condenação de Carrilho a uma pena efetiva de prisão de três anos e dez meses, depois de o Ministério Público ter pedido, em outubro, três anos e quatro meses de pena suspensa.

A última sessão do julgamento antes da leitura da sentença está marcada para dia 4 de dezembro.

Num outro processo que envolve o ex-casal, a 31 de outubro, o tribunal condenou Manuel Maria Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica, entre outros crimes cometidos contra a apresentadora de televisão em 2014, a quem terá de pagar 50 mil euros.

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