Nos últimos dez anos, foram mortas 31 pessoas por elementos da PSP e da GNR, em consequência de operações policiais. Os dados são do relatório das atividades de 2016 da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI).
Este balanço surge a propósito da morte de uma mulher durante uma perseguição policial, na última madrugada, em Lisboa.
O relatório detalha que, entre 2006 e 2016, 15 pessoas foram mortas por militares da GNR e 16 por elementos da PSP.
De notar que, em 2014 e 2015m não se registaram cidadãos mortos em resultado de intervenção direta de elementos das forças de segurança, na sequência de operações policiais.
Já 2006, 2008, 2009 e 2010 foram os anos em que mais cidadãos morreram, com cinco vítimas mortais em cada ano. No ano passado, foram quatro pessoas a perder a vida.
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A PSP abriu um "processo de averiguações" à morte da mulher em perseguição. O Ministério da Administração Interna também anunciou que a IGAI abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do que aconteceu.
A mulher morreu depois de a viatura em que seguia ter sido confundida com uma outra envolvida num assalto a uma caixa multibanco em Almada. Os assaltantes colocaram-se em fuga, levando as autoridades a iniciar uma perseguição, que atravessou a Ponte 25 de Abril e chegou à Rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa.